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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
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Mundo

Argentinos vão às ruas por vítimas do golpe militar

Manifesto celebrou os 40 anos da ditadura no país e foi dedicado à busca e memória dos desaparecidos na ocasião­

Postado em 25 de março de 2016 por Sheyla Sousa

Familiares e integrantes de diversos movimentos sociais dedicados à busca e à memória dos presos e desaparecidos durante a ditadura na Argentina, entre eles as Avós da Praça de Maio, convocaram uma marcha ontem pelo centro de Buenos Aires para marcar os 40 anos do golpe militar no país.

Os manifestantes carregaram uma grande bandeira com retratos das pessoas presas e desaparecidas durante o regime militar argentino. Na chegada à Praça de Maio, onde fica a Casa Rosada, sede do governo, leram um documento com um balanço sobre as quatro décadas do golpe de Estado que derrubou a presidente María Estela Martínez de Péron, conhecida como Isabelita Péron, em 24 de março de 1976. 

Homenagem

“Hoje (quinta-feira) é uma oportunidade maravilhosa para que todos os argentinos gritem: nunca mais à violência institucional”, afirmou o presidente argentino, Mauricio Macri, após uma visita ao Parque da Memória, monumento em frente ao Rio da Prata em homenagem aos mortos e desaparecidos.

Macri esteve acompanhado do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que, em seu último dia de visita à Argentina, homenageou as vitimas da ditadura no país, que durou de 1976 a 1983. Obama evitou, no entanto, fazer uma condenação clara aos ditadores argentinos, o que provocou críticas de organizações de defesa dos direitos humanos. Durante o regime, integrantes de organizações de esquerda e opositores ao regime foram duramente perseguidos. 

Vigília

À tarde, milhares de pessoas fizeram uma vigília em frente ao Congresso argentino, num protesto que foi chamado de Encontro Memória, Verdade e Justiça, sob o slogan: “Não ao ajuste, o confisco e a repressão. 30 mil companheiros detidos e desaparecidos. Presente!”

Outros atos estavam previstos em diferentes províncias do país. Em Córdoba, por exemplo, movimentos sociais e de defesa dos direitos humanos saíram em passeata sob o lema “A luta não termina: os 30 mil mais presentes que nunca”.

Em Rosário, capital da província de Santa Fé, foram plantadas árvores no Bosque da Memória, para homenagear os desaparecidos e sobreviventes da ditadura argentina. (Agência Brasil) 

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