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sábado, 23 de novembro de 2024
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Mediar é Divino

Matizes africanas farão parte do projeto

O plano Mediar é Divino vai expandir fronteiras além do Estado de Goiás para solucionar conflitos em comunidades religiosas

Postado em 13 de maio de 2016 por Sheyla Sousa
Matizes africanas farão parte do projeto
O plano Mediar é Divino vai expandir fronteiras além do Estado de Goiás para solucionar conflitos em comunidades religiosas

Com intuito de formar conciliadores entre os líderes religiosos, o Mediar é Divino vai expandir fronteiras além do Estado de Goiás. O plano é, em breve, formar polos de solução de conflitos em comunidades espirituais diversas, como as de matizes africanas no entorno do Distrito Federal. Para discutir a expansão, foi realizada uma reunião nesta terça-feira (10), na Câmara Distrital, em Brasília, com integrantes do pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).

A comitiva, encabeçada pelo coordenador, juiz Paulo César Alves das Neves, e pelo juiz auxiliar da Presidência, Romério do Carmo Cordeiro, foi recebida pela consultora legislativa em Direitos Humanos, Patrícia Zapponi, que representa a Central Organizada de Matrizes Africanas (Afrocon), uma instituição que congrega mais de 400 unidades religiosas no DF, além de ser Conselheira das Mulheres pelo Mundo pela Unesco e coordenadora do Centro Cultural Africano.

“Nossa intenção é incentivar a conciliação e mediação como formas alternativas ao processo tradicional, a fim de criar pacificação da sociedade, de uma forma mais rápida, mais barata e mais participativa, uma vez que as partes constroem, juntas, soluções para os litígios. Com o Mediar é Divino, a Justiça chega a pessoas que não têm acesso a advogados e não sabem como procurar seus direitos”, endossou Paulo César.

Para implantação do projeto, líderes ou pessoas de referências nos segmentos religiosos precisam passar por um curso, teórico e prático, chancelado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Muitas pessoas buscam suas igrejas ou instituições para falar sobre problemas. Os líderes religiosos já fazem conciliação e mediação, mas de uma forma empírica, o curso vai propiciar uma abordagem técnica e profissional, sem dogmas”, destacou Romério Cordeiro.

Segundo Patrícia, a criação de um polo de conciliação e mediação dentro de comunidades não cristãs tem uma função social importante. “Pessoas de fora do círculo religioso podem entrar nestas unidades religiosas para procurar atendimento. A autoestima dos frequentadores também será impactada positivamente: eles sofrem muita discriminação e vão poder enxergar sua importância e seu papel social. É uma forma de integração social”. 

Participaram também da reunião os integrantes do Nupemec Augusto Maciel de Souza Magalhães, Vinicius Camapum e Thaynara Tereste. (TJGO)

 

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