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quarta-feira, 28 de agosto de 2024
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Cidades

Refugiados promovem festival de comida

Evento foi realizado em celebração pelo Dia Mundial do Refugiado no Rio de Janeiro

Postado em 26 de junho de 2016 por Sheyla Sousa
Refugiados promovem festival de comida
Evento foi realizado em celebração pelo Dia Mundial do Refugiado no Rio de Janeiro

A diversidade, a troca cultural e a integração entre refugiados e brasileiros foram as marcas da celebração pelo Dia Mundial do Refugiado no Rio de Janeiro. Com o arrojado edifício do Museu do Amanhã servindo como espaço de acolhida, refugiados de diferentes países reuniram-se em uma feira multicultural na Praça Mauá, no sábado (18), para apresentar um pouco de culinária, arte e artesanato.

Organizada por uma parceria entre Cáritas do Rio de Janeiro, Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e Museu do Amanhã, a feira ofereceu aos visitantes a oportunidade de degustar típicos salgados árabes, arepas colombianas, cachapas venezuelanas e até mesmo o tempero da culinária congolesa, satisfazendo estômagos famintos e curiosos. Entre uma mordida e outra, brasileiros e turistas estrangeiros que circulavam pela nova zona portuária do Rio puderam também comprar roupas africanas e pinturas de artistas colombianos, além de brincos, colares e pulseiras produzidos por refugiados.

“A feira foi uma oportunidade para os brasileiros conhecerem nossos produtos”, disse o venezuelano José Joaquín Rodríguez, que ajudou a esposa, filha de libaneses, a vender comida árabe. “O ambiente estava maravilhoso porque o Museu do Amanhã não é apenas uma atração turística, mas também arquitetônica. É um novo ícone do Rio de Janeiro.”

A interação entre refugiados e brasileiros começou antes mesmo da chegada dos visitantes, pois entre os vendedores havia também moradores da região portuária, integrantes dos grupos Sabores do Porto e Artesanato do Porto, que abraçaram a ideia de dividir o espaço com os recém-chegados. “Eu experimentei a comida africana e gostei muito”, contou Gregória Cardoso, que, como toda semana, ocupava uma das barracas com seus quitutes brasileiros. “A presença dos refugiados trouxe mais movimento à feira. Tem que haver mais oportunidades como esta para as pessoas conhecerem a comida deles.”

Expectativa

Segundo estimativa do Museu, mais de 7 mil pessoas passaram pela Praça Mauá ao longo do dia. O movimento foi tão grande que as barracas de refugiados venderam todo o estoque de comida. “Eu não esperava tanta gente”, admitiu o sírio-palestino Khaled Fares, que preparou um concorrido sanduíche de falafel, com espera de mais de 10 minutos. “Quando a comida acabou, eu avisei às pessoas e pedi desculpas, mas elas não queriam sair da fila!”.

“Os museus são locais de encontro, por isso, sempre tentamos promover o diálogo e a troca entre as pessoas”, explicou a gerente de relações comunitárias do Museu do Amanhã, Laura Taves. “A feira foi muito interessante porque os brasileiros puderam conhecer a cultura dos refugiados e eles puderam conhecer a nossa”. (Agência ONU)

 

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