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domingo, 1 de setembro de 2024
Reino Unido

Londres rejeita convocar outro referendo sobre UE

Apesar do pedido de mais de 2 milhões de pessoas, governo britânico descarta possibilidade de rediscutir saída na União Europeia

Postado em 28 de junho de 2016 por Sheyla Sousa
Londres rejeita convocar outro referendo sobre UE
Apesar do pedido de mais de 2 milhões de pessoas

O governo britânico disse ontem que não pretende convocar outro referendo sobre a saída do país da União Europeia (UE). A hipótese de uma nova consulta popular ganhou força nos últimos dias, quando mais de 2 milhões de pessoas assinaram uma petição online solicitando outro referendo. O site petition.parliament.uk chegou a travar com a quantidade de pedidos.

A iniciativa partiu de um cidadão identificado como William Oliver Healy, que pede para os deputados britânicos a “implementação de uma norma pela qual, se o voto para sair ou ficar na UE for inferior a 60%, com uma participação de 75%, deveria ser convocado outro referendo”.

Na consulta da última quinta-feira (23), 51,9% dos eleitores votaram para que o Reino Unido saísse da UE, contra 48,1%. A eleição contou com 72% da participação.

O Partido Conservador também disse ontem que o novo líder da legenda será apresentado até 2 de setembro, em substituição ao posto de David Cameron, que renunciou devido à derrota nas urnas pelo Brexit (sigla que significa Britain e exit – saída em inglês).

Portugal

A deputada portuguesa do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, sugeriu no último domingo (26), em Lisboa, que seja feito referendo nacional para definir a posição de Portugal na União Europeia (UE). Catarina afirmou que, caso o país seja alvo de sanções por parte da Comissão Europeia devido ao déficit orçamentário de 2015, deve avaliar se continua na UE. A sugestão da deputada vem depois de o Reino Unido ter decidido, em referendo na semana passada, deixar o bloco europeu.

De acordo com informações divulgadas ontem pelo jornal francês Le Monde, a Comissão Europeia deverá recomendar a aplicação de sanções a Portugal e Espanha por déficits excessivos, no próximo dia 5 de julho. “Virá o tempo de decidir. Queremos um referendo agora? Nunca colocamos nenhuma consulta popular na gaveta. Virá esse dia de referendo e virá em breve”, disse a deputada Catarina Martins.

No entanto, poucas horas depois do pronunciamento de Catarina Martins, o presidente português e líderes de outros partidos se manifestaram contra a realização de um referendo no país. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que o país “quer continuar na União Europeia” e disse que, como a decisão de lançar um referendo cabe a ele, essa questão não está em análise. Rebelo de Sousa disse ainda que é importante que se definam rapidamente como ficarão as relações entre a União Europeia e o Reino Unido.

Pedro Nuno Santos, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, afirmou que não é hora de se pensar em referendos e, sim, de defender a Europa e os povos europeus. (Agência Brasil) 

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