Baixa popularidade de Temer é reflexo de crise herdada, diz ministro
Governo de Michel Temer foi avaliado como ótimo ou bom por 14% dos brasileiros e ruim ou péssimo por 39%
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, minimizou hoje (4) os resultados da pesquisa divulgada hoje (4) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), segundo a qual, em setembro, o governo de Michel Temer foi avaliado como ótimo ou bom por 14% dos brasileiros e ruim ou péssimo por 39%. Em junho, esses índices estavam em 13% e 39%, respectivamente. Ele comentou ainda sobre a queda de 3,8% da produção industrial, registrada em pesquisa também divulgada hoje, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o ministro, os dois levantamentos refletem ainda os efeitos da crise herdada pelo governo federal.
“Eu acho que (o resultado apontado pela pesquisa da CNI) faz parte do momento em que do Brasil está vivendo. Recebemos o país em uma crise profunda. Mas acho que já deu uma melhorada. Vamos continuar melhorando porque estamos todos empenhados para avançar, para melhorar o ambiente de negócio, gerar emprego e gerar renda”, disse o ministro no Palácio do Planalto. “Até porque, como costumo dizer, emprego é o melhor programa social”, acrescentou.
Produção industrial
Marcos Pereira disse também que esta foi a primeira queda do indicador da produção industrial, após cinco meses de alta. Foi também a queda mais intensa desde janeiro de 2012 (-4,9%).
“Avaliamos [este resultado] com certa preocupação porque estamos trabalhando e construindo para que os números voltem a cresceram”, disse o minsitro. Segundo ele, essa queda é também em consequência “da crise em que recebemos o país”, que segundo ele estava “aguda e profunda” no começo do governo Temer.
O ministro acrescentou que, com a expectativa de melhora das exportações brasileiras e, em especial, com o aumento da exportação de manufaturados essa situação deve reverter. “Acredito que até final do ano os números serão melhores. Estamos trabalhando para trazer, em até 60 dias, trabalhos visando à desburocratização (desses setores)”, acrescentou. (Foto: Beto Barata/PR) (Ebc)