Cresce o número de casas com focos do mosquito da dengue em Goiânia
O índice de infestação predial atual é de 0,95%, enquanto que em maio esse valor era de 0,2%
Da redação com assessoria
O Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, aponta aumento no número de casas com focos do mosquito na Capital.
De acordo com o estudo feito entre os dias 17 e 21 de outubro, o índice de infestação predial (IIP) atual é de 0,95%, enquanto que em maio esse valor era de 0,2%. O LIRAa também mostra que a maioria dos criadouros do Aedes estão dentro dos domicílios.
Para os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, a situação de Goiânia se mantém satisfatória. “Os valores de 1% a 3,9% correspondem a cenários de médio risco e exigem um estado de alerta em relação à infestação”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim. Os números superiores a 3,9% indicam alto risco.
Devido sua grande extensão territorial, a média do índice de infestação de 0,95% não é uniforme em toda Goiânia. A superintendente destaca que algumas regiões do município mostram realidades distintas e por isso o trabalho de combate ao mosquito nesses pontos foi intensificado. O setor Jaó, na região Norte, registrou o percentual mais alto de infestação, 2,83%.
Em toda a Capital foram visitados 26.732 imóveis no período de levantamento. Os Distritos Sanitários Oeste e Sudoeste foram o que apresentaram os menores índices de infestação, 0,60% e 0,89%, respectivamente. Na região Norte foi registrado o maior IIP, 1,27%, seguido da Sul, com 1,08% dos imóveis com focos de Aedes aegypti.
Criadouros
Além dos índices de infestação, o LIRAa também inclui dados referentes aos tipos de criadouros do mosquito mais encontrados durante as visitas. Os ralos para escoamento de água em pias, banheiros e cozinhas foram os recipientes com maior percentual de criadouros encontrados em Goiânia (14%).
Em seguida estão latas (13%), materiais recicláveis (13%), vasos de plantas e flores (12%), vaso sanitário (11%), pneus (7%). Os criadouros também variam de acordo com as regiões. Nos Distritos Sul, Norte, Campinas-Centro e Sudoeste os ralos foram os recipientes mais encontrados enquanto no Leste, Oeste e Noroeste os materiais recicláveis e descartáveis apareceram com mais frequência.
Outros recipientes que apareceram no levantamento foram tambores, bebedouros de animais, piscinas, lonas, caixa d’água, canaletas e tanques. Com a chegada das chuvas é recomendado que a população se mantenha atenta para os criadouros e auxiliem ativamente no combate ao mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.
Com os resultados do LIRAa é possível avaliar as medidas de controle ao Aedes. “As estratégias adotadas podem ser redirecionadas, intensificadas ou até mesmo alteradas para se adequarem à realidade demonstrada pelo estudo”, observa a superintendente de Vigilância em Saúde da SMS de Goiânia, Flúvia Amorim.
Foto: reprodução (SMS)