Apesar de más condições, Casa da Acolhida está segura
Situação elétrica do local está regular, segundo bombeiros
Bruna Policena
Na madrugada de ontem (24) um cômodo da Casa da Acolhida Cidadã pegou fogo, possivelmente por conta de problemas de curto circuito na rede elétrica, no entanto, o laudo da perícia ainda não saiu. A casa em Campinas tem três andares e no momento atendia 150 pessoas, e nenhuma pessoa ferida. O incêndio começou por volta de 3h em uma sala no segundo andar onde estavam guardados colchões, cobertores e fraldas.
Os bombeiros e a Polícia Técnica Científica estão trabalhando com três hipóteses de causas do acidente, que seria por conta da rede elétrica, causa humana ou intencional. O tenente Rogério, do corpo de bombeiros, afirma que o incêndio permaneceu apenas no cômodo de 10 m² e ninguém foi ferido, apenas algumas pessoas precisaram de ajuda para serem retiradas. Sete viaturas estavam no local e foi gasto cerca de 600 litros de água para apagar o incêndio.
O tenente Rogério, conta que a grande dificuldade na atuação foi retirar com rapidez os idosos, cadeirantes e crianças que estavam dormindo na hora do acidente. E mesmo tendo elevador, por questão de segurança todos precisaram ser retirados pelas escadas. De acordo com os bombeiros, o incêndio foi rapidamente controlado e os militares ainda estão retirando os objetos que foram queimados.
Mesmo que o prédio esteja com condições físicas em mal estado e precise de reforma, a parte elétrica, segundo o tenente, está em situação regular. O prédio continha extintores de incêndio, sinalizações e iluminação de emergência. Os órgãos estão aguardando o laudo da perícia para saber se foi mesmo a parte elétrica que ocasionou o acidente. Rogério afirma que em agosto do ano passado, a casa já havia entrado com o pedido de conformidade, e estava em período de regulamentação.
A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) afirma que os moradores da ala que foi atingida foram levados para outras dependências da casa e continuam recebendo toda assistência necessária. A prefeitura também está aguardando a perícia para poder planejar a reforma do prédio, que é necessária para evitar novos acidentes. Mas o Prefeito Iris Rezende (PMDB) ainda não divulgou nenhuma data ou prazo para início das obras.
A casa tem o intuito de acolher de forma temporária, famílias e adultos em situação de rua. Assim como aquelas que estão fora da sua cidade e recebem alta hospitalar e não possuem vínculo familiar em Goiânia. O atendimento inclui provisão das necessidades básicas como: alimentação, higiene pessoal e pernoite com segurança. Oferece atendimento psicossocial, orientação para aquisição de documentos pessoais e atividades ocupacionais.
Fundada em 2007, inicialmente comportava 110 pessoas, e com a mudança para a sede em Campinas, passou a ter espaço para atender 240 pessoas. No primeiro andar tem a recepção, refeitório, banheiros e cozinha. O segundo é reservado para homens solteiros, e composto também por uma sala de televisão, banheiros e ambulatório. No terceiro andar é onde ficam mulheres e famílias, e também tem uma sala de televisão e brinquedoteca.