Wilton Morais 

A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) apresentou ontem (30), o motorista Alexandre Rodrigues de Sousa, suspeito de estuprar duas mulheres e tentar estuprar uma terceira, entre novembro e dezembro do ano passado. Para atrair as vítimas, o motorista abordava as mulheres na saída de boates e shows, oferecia o serviço sem utilizar o aplicativo, o que impossibilitava a identificação do mesmo. 

No primeiro crime, registrado no dia 2 de novembro, uma jovem de 20 anos, foi abordada pelo suspeito que vestia uma camisa de cor preta. Ao oferecer o serviço, o homem combinou um valor com a vítima, que entrou no carro Ford Ka, em direção a sua casa. Segundo a Deam, no setor Crimeia Leste, o suspeito parou o carro e com uma arma de choque disfarçada de lanterna deu choques virilha e na nuca da mulher. Após estuprar a vítima dentro do carro, o homem abandonou a mulher na rua e fugiu. O veículo utilizado era locado. 

O segundo caso aconteceu sete dias depois, com outra jovem de 22 anos, que saia de uma boate, localizada no Setor Marista. Utilizando os mesmos meios, Alexandre não conseguiu abusar da vitima, que conseguiu sair do carro e fugir. O motorista conseguiu levar a bolsa e o celular da jovem. 

O terceiro crime aconteceu um mês e 16 dias depois do primeiro caso. No dia 17 de dezembro, duas mulheres foram abordadas, também em uma saída de boate. Dessa vez, o motorista deixou uma das vitimas em casa, após ter combinado um valor fora do aplicativo Uber. Ao chegar no Parque Anhanguera, o suspeito estuprou a segunda passageira. A mesma teve os pertences roubados e a arma utilizada foi à lanterna.  

De acordo com a PC, Alexandre é casado e pai de dois filhos. O Suspeito não se pronunciou sobre os casos e disse apenas ser motorista de Uber há um ano. A Deam informou que em depoimento, Alexandre teria confessado o crime. A polícia também investiga se mais mulheres foram vítimas do homem que será indiciado por estupro e roubo. Ainda conforme a delegacia, a empresa Uber não auxiliou as investigações, mesmo havendo maneiras de comprovar o cadastro do motorista. A empresa alegou a PC que só poderia divulgar informações mediante ordem judicial.