O Hoje, O melhor conteúdo online e impresso - Skip to main content

quinta-feira, 29 de agosto de 2024
PublicidadePublicidade
Supremo

Lula reitera que impedir sua nomeação foi ‘erro histórico’

Advogados de Lula afirmaram que decisão de Mendes provocou dano histórico ao impedir ex-presidente de assumir Casa Civil

Postado em 15 de fevereiro de 2017 por Renato
Lula reitera que impedir sua nomeação foi 'erro histórico'
Advogados de Lula afirmaram que decisão de Mendes provocou dano histórico ao impedir ex-presidente de assumir Casa Civil

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta
terça-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para que a Corte
revise decisão proferida pelo ministro Gilmar Mendes que impediu, no ano
passado, Lula de assumir a Casa Civil no governo da ex-presidenta Dilma
Rousseff. Os advogados classificam a decisão como “erro histórico”.

A nova petição, encaminhada ao Supremo nesta terça, foi
motivada pela decisão do ministro Celso de Mello, que manteve a nomeação
de Moreira Franco para a Secretaria-Geral da Presidência da República,
órgão que tem status de ministério e garante foro privilegiado ao titular.
Moreira foi citado em uma das delações de executivos da empreiteira Odebrecht
na Operação Lava Jato.

Segundo os advogados de Lula, a decisão individual de Mendes
provocou um “dano histórico” ao impedir o ex-presidente de assumir a Casa
Civil. “Lula preenchia todos os requisitos previstos no Artigo 87 da
Constituição Federal para o cargo de ministro de Estado, além de estar em pleno
exercício de seus direitos políticos. Ele não era indiciado ou réu naquele
momento. Nada justifica o impedimento imposto, que teve graves efeitos não só
em relação à honra e à imagem de Lula, mas também para a democracia do país”,
argumenta a defesa do ex-presidente.

Ao decidir liberar a ida de Moreira Franco para a
Secretaria-Geral, Celso de Mello entendeu que a nomeação de alguém para o cargo
de ministro de Estado não pode ser encarada como um fato de obstrução da
Justiça e destacou que a prerrogativa de foro privilegiado é uma consequência
da nomeação.

No ano passado, ao impedir a posse de Lula na Casa Civil,
Gilmar Mendes disse que a nomeação foi feita por Dilma para conceder foro
privilegiado ao ex-presidente e evitar que ele fosse julgado pelo juiz federal
Sérgio Moro nas ações da Lava Jato.

Foto: R7

Veja também