Temer diz que quer ser lembrado na história pelos serviços prestados ao país
Em entrevista à rádio CBN, ele negou se candidatar à reeleição em 2018
O presidente Michel Temer disse que quer ser lembrado na
história pelo serviço que prestou ao país promovendo as reformas necessárias.
Em entrevista à rádio CBN, ele negou se candidatar à reeleição em 2018 mesmo
que as mudanças estruturais encaminhadas por ele sejam aprovadas e o Brasil
esteja em uma situação melhor.
De acordo com o presidente, o ex-deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), que está preso em Curitiba pela Operação Lava Jato, não tem
“influência nenhuma” no governo. Ao repetir a promessa de afastar
provisoriamente os ministros que forem denunciados por fatos relativos à
operação, Temer disse que a saída temporária será “evidentemente sem
subsídios”.
“Se eu chegar ao fim do governo nessas condições
[aprovação das reformas e recuperação econômica], e tenho quase que absoluta
certeza que chegarei, a única coisa que quero é ser reconhecido pela história.
Quero ser recordado pelo serviço que faço ao meu país, e ser reconhecido como
quem prestou um serviço pelo país”, afirmou, negando que será mordido pela
“mosca azul” do poder, como indagou o jornalista Jorge Bastos Moreno, na
entrevista.
Reforma da Previdência
Sobre as dificuldades para aprovação da reforma da
Previdência, o presidente voltou a defender que ela seja aprovada “tal como
está” no Congresso Nacional. Segundo ele, o governo federal encaminhou a
proposta que “acha necessário para que o Brasil não se transforme [fique com
situação semelhante] em estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas
Gerais”, que estão com “enormes dificuldades” no orçamento
previdenciário.
“O Brasil não pode, daqui a quatro, cinco anos,
transformar-se numa figura como estão os estados brasileiros”, disse.
Questionado sobre as críticas do líder do PMDB no Senado,
Renan Calheiros, segundo quem o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha está
ocupando espaço no governo, o presidente negou. “Absolutamente não existe
[influência]. Imagine se o Eduardo Cunha, que está distante, pode influenciar
alguma coisa aqui? Não tem influência nenhuma”, respondeu.
Segundo ele, Renan Calheiros, que comandou o Senado até
fevereiro deste ano, tem dialogado permanentemente com o governo. “Tenho
certeza de que ele vai continuar nos ajudando. Vai nos ajudar na aprovação das
reformas. Tenho certeza que nossa relação vai continuar sólida”, disse.
(Agência Brasil)