Coluna Xadrez: Delatores detalham repasses a Daniel e Maguito
Rubens Salomão Vídeos das delações premiadas de executivos da Odebrecht junto à força tarefa da Operação Lava Jato, divulgados neste fim de semana, apontam detalhes de como doações eleitorais em caixa dois teriam sido realizadas ao ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e ao filho dele, deputado federal Daniel Vilela (ambos do PMDB). Na […]
Rubens Salomão
Vídeos
das delações premiadas de executivos da Odebrecht junto à força tarefa da
Operação Lava Jato, divulgados neste fim de semana, apontam detalhes de como
doações eleitorais em caixa dois teriam sido realizadas
ao ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, e ao filho dele,
deputado federal Daniel Vilela (ambos do PMDB). Na semana anterior, vídeos de
cinco delatores apontaram como teriam sido feitos os repasses a Marconi Perillo
(PSDB), Iris Rezende (PMDB) e Demóstenes Torres. O ex-executivo Alexandre Barradas
contouem depoimento ao MPF que a empreiteira estudava projetos em Goiás com
destaque para os municípios do Entorno do DF, e buscava formar uma “rede
positiva” entre os maiores políticos do estado para que houvesse “vontade
política para projetos pontuais ou até privatizações”. Segundo Alexandre, o
ex-secretário de Fazenda de Aparecida de Goiânia, Carlos Eduardo, teria pedido
doação de R$ 2 milhões a Maguito, mas a empresa teria efetivado pagamento de R$
500 mil na campanha de 2012.
Solicitação
Barradas
conta que teria recebido pedido de Maguito para doação à campanha de Daniel
Vilela, em 2014. O deputado diz que o depoimento confirma que ele nunca teve
contato com os delatores e nem recebeu recursos de forma ilegal.
Nada a
ver
Já
Maguito diz que causa “estranheza” o conteúdo dessas delações. Ele confirma que
recebeu, uma vez, um grupo da Odebrecht para tratar sobre a subdelegação, mas
relata que nunca pediu doação ou tratou de qualquer tema desta natureza.
CPI dos
Shows
O
deputado estadual Humberto Aidar (PT) conseguiu mais que o número mínimo de
assinaturas em requerimento que pede a criação de uma Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) sobre a contratação de shows musicais em Goiás. São necessárias
12 assinaturas para que a comissão seja instalada pela Mesa Diretora, mas 15
deputados já manifestaram apoio formal. Além
dos 11 da oposição, quatro parlamentares da base do governo assinaram o
documento. São eles: Diego Sorgatto e Lissauer Vieira (PSB), Claudio Meirelles
(PR) e Marquinho Palmerston (PSDB). “Temos muitas denúncias para apurar e vamos
dar a oportunidade para que a direção da Goiás Turismo possa se explicar aqui
na Assembleia. São muitas situações absurdas, principalmente pelo interior”,
aponta Aidar. “Parte da base é a favor, mas a Casa já tem uma pauta bem
extensa. Essa matéria já está sendo investigada pelo Ministério Público e pelo
TCE e a CPI tem uma temática política. Outros órgãos têm mais expertise para
fazer essa apuração”, rebate Simeyzon Silveira (PSC).
Cômico
ou trágico?
Michel
Temer disse que entende e compartilha a indignação dos brasileiros com o
conteúdo das delações da Odebrecht e que já esperava uma lista “robusta” de
pessoas citadas pelos ex-executivos da empresa.
Espelho
meu
Detalhe:
Temer é citado nos inquéritos por vários delatores, mas a PGR não o inclui
entre os investigados devido à “imunidade temporária”. Ele não pode ser
investigado por crimes que não decorrem do exercício do mandato. Pois é.
Faculdade
militar
O
ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM/PE) assinou portaria que credencia a
Faculdade da Polícia Militar de Goiás, a ser instalada na Rua T 48, Setor
Oeste, em Goiânia. A faculdade será mantida pela Fundação Tiradentes.
Cursos e
vestibular
Cursos
superiores de Enfermagem e Biomedicina, além do técnico em Segurança Pública devem
começar nos próximos meses; Direito seria para o segundo semestre.
Ameaça
Entidades
classistas de policiais militares e bombeiros se reúnem hoje para decidir as
próximas ações contra a PEC do Teto de Gastos, que manterá cortes à categoria
no relatório a ser apresentado nesta terça-feira (18).
Possibilidades
São
consideradas a ‘operação tartaruga’, em que o trabalho é quase paralisado, ou
‘operação legalidade’, quando há intensificação. “Já imaginou se a gente passa
a parar todos os ônibus coletivos, por exemplo?”, aventa o vereador Cabo Senna
(Unimil).
Plano B
Ganhou
força nos bastidores da base aliada a tese de que o presidente da Alego, José
Vitti (PSDB), poderia ser o candidato ao governo. A possibilidade seria de um
plano B, no caso de desistência ou inviabilidade do pré-candidato José Eliton
(PSDB).
Que
honra!
“Isso é
especulação. Fico muito feliz por ser lembrado como segundo meio de tanta
gente. Estou pronto na base para qualquer discussão se não conseguirmos
viabilizar nosso plano A, que continuará sendo o doutor José Eliton”, afirmou
Vitti à Xadrez.