Parlasul cria grupo para buscar solução
A Mesa Diretora do Parlamento do Mercosul (Parlasul) resolveu criar “um grupo de alto nível que possa propiciar o diálogo político entre a oposição e o governo venezuelano”, disse ontem (25) um dos vice-presidentes do Parlasur, o uruguaio Daniel Caggiani. As informações são da agência de notícias espanhola EFE. O grupo de alto nível deve […]
A Mesa Diretora do Parlamento do Mercosul (Parlasul) resolveu criar “um grupo de alto nível que possa propiciar o diálogo político entre a oposição e o governo venezuelano”, disse ontem (25) um dos vice-presidentes do Parlasur, o uruguaio Daniel Caggiani. As informações são da agência de notícias espanhola EFE.
O grupo de alto nível deve se reunir nos primeiros dias de maio com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro; com sua chanceler, Delcy Rodríguez; com o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela (Parlamento), Julio Borges; e com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) do país, Maikel Moreno.
“Esta resolução foi tomada em comum acordo com o conjunto dos países”, disse Caggiani à Rádio Uruguai. O Parlasul é o órgão democrático e legislativo da representação dos Estados membros do Mercosul: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Em 1o de dezembro passado, a Venezuela foi suspensa do bloco pelos demais integrantes, por não cumprir obrigações assumidas quando se incorporou ao Mercosul, em 2012.
Conflito prejudicial
A finalidade dos encontros de alto nível será “buscar um caminho para que possa haver um diálogo entre as partes para aplanar o conflito político que existe na Venezuela e que não favorece nem aos cidadãos venezuelanos, nem ao governo e nem a oposição”, explicou Caggiani.
A Venezuela vive uma reativação dos protestos contra Maduro desde que, em 29 de março, o TSJ decidiu assumir as competências do Parlamento, devido à persistência de um suposto “desacato” do mesmo, uma decisão que finalmente não foi aplicada.
Desde que começaram os protestos antigovernamentais em todo o país já ocorreram 27 mortes, mais de cem feridos e quase 800 detidos, segundo dados da ONG Fórum Penal Venezuelano. (Abr)