DÃvida do Hospital Araujo Jorge chega a R$ 40 milhões
Associação de Combate ao Câncer confirma que hospital segue sem receber verbas
Wilton Morais
A diretoria da Associação de Combate ao Câncer de Goiânia (ACCG), responsável pela direção do Hospital Araújo Jorge, informou que a crise financeira no hospital referência no tratamento de câncer em Goiás, continua. O problema financeiro se permeia há quase um ano, desde quando a crise financeira se iniciou em agosto de 2016.
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia esclarece que, na atual gestão, não há atraso nos repasses para a Associação de Combate ao Câncer de Goiânia (ACCG), responsável pelo Hospital Araújo Jorge.
A situação do Hospital, conforme prestação de contas da ACCG, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás continua deficitária. Com dificuldades de manter o funcionamento, alguns dos departamentos principais da unidade estão com os serviços comprometidos. A ACCG fechou o ano de 2016 com um superávit de R$ 1,2 milhão. Mas a dÃvida da entidade está em R$ 40 milhões.
Para a presidência da associação, a situação de administração é complicada e de difÃcil administração. A Prefeitura continua a não realizar os repasses. Sem a contribuição, o hospital está sobrevivendo da prestação de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e de emenda do governo estadual, além de doações.
Em agosto do ano passado, quando o Araújo Jorge quase fechou as portas, um abraço entorno do hospital mobilizou dezenas de pessoas que se sensibilizaram com a situação crÃtica. À época mais de 500 pessoas estiveram presentes no ato. Nas redes sociais, a população auxiliou a movimentação com a campanha #SomosTodosACCG.
Atrasos
Atualmente o atraso dos repasses, por parte da Prefeitura, é de até três meses. Mesmo assim, a demanda pelo atendimento na entidade referencia ao tratamento de câncer continua de forma intensa. Se considerado desde 2012, quando a dÃvida era de R$ 74 milhões, houve redução pela metade, até este ano.
A quantidade de procura por atendimento de 2015 para 2016 aumentou em média 600 pacientes nesse perÃodo. Ao todo o número foi de 46 mil pacientes. Além disso, houve aumento de mil procedimentos realizados, entre cirurgias, radioterapia, quimioterapia e consultas.
Por se tratar de uma instituição privada, filantrópica e sem fins lucrativos, a ACCG, mantenedora do Araújo Jorge é obrigada a atender no mÃnimo 60% de pacientes do SUS. A entidade também administra a Unidade Oncológica de Anápolis (UOA) e o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP).