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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Denúncia

Dono da JBS gravou Temer dando aval para pagar silêncio de Cunha

De acordo com ‘O Globo’, áudio teria sido gravado na noite do dia 7 de março, quando Joesley se encontrou com Temer no Palácio do Jaburu

Postado em 18 de maio de 2017 por Redação
Dono da JBS gravou Temer dando aval para pagar silêncio de Cunha
De acordo com 'O Globo'

Da Redação

Em acordo de delação premiada firmada com a Procuradoria-Geral da República, o dono da JBS Joesley Batista gravou um áudio em que o presidente Michel Temer aparece dando aval para o pagamento de uma mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro, segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo  na tarde desta quarta-feira (17).

Segundo a reportagem, Temer teria indicado na frente de Joesley o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para solucionar um assunto da J&F (holding que controla a JBS), cujo conteúdo não foi revelado. Depois, Rocha Loures teria sido filmado recebendo uma mala com 500.000 reais enviada por Joesley.

Ainda de acordo com o jornal, o empresário teria afirmado a Temer que estava pagando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para eles ficarem calados. Os dois estão presos — Cunha pela Operação Lava Jato; e Funaro pela Operação Sépsis. Diante desta afirmação, Temer teria dito: “Tem que manter isso, viu?”.

Aos procuradores, Joesley esclareceu que não foi o presidente que determinou os pagamentos a Cunha e Funaro, mas que ele tinha conhecimento do esquema, cujo objetivo era silencia-los. O áudio teria sido gravado na noite do dia 7 de março, quando Joesley se encontrou com Temer no Palácio do Jaburu. O empresário estava com um gravador no bolso no momento da reunião.

Para fechar a delação premiada com a PGR, Joesley Batista se prontificou a entregar áudios e vídeos como prova. Segundo o jornal, foi a primeira vez no âmbito da Lava Jato que ocorreram ações combinadas com os investigadores, que acompanharam de longe os crimes para conseguir o flagrante.

A delação premiada dos executivos da JBS está nas mãos do ministro do STF Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte. Cabe a ele homologar o acordo. Na última quarta-feira, os irmãos Joesley e Wesley Batista estiveram com o ministro para dizer se fizeram as revelações à procuradoria por livre e espontânea vontade, conforme prevê as regras da delação. (Com informações da Veja)

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