Governo pode instituir programa ‘Reciclar’ nas escolas públicas estaduais
Governo de Goiás pode instituir nas escolas públicas do Estado programa que consiste na educação e conscientização ambiental dos estudantes
Renan Castro
O Governo de Goiás pode instituir nas escolas públicas do Estado o Programa Reciclar, que consiste na educação e conscientização ambiental dos estudantes. O projeto, de autoria do deputado Diego Sorgatto (PSB), será apreciado pelo governador Marconi Perillo (PSDB) e tem chances de aprovação. Em um estado que é tomado pelo segundo maior bioma do Brasil, o Cerrado, a educação ambiental ainda não tem tanta visibilidade e muito menos discussão em torno do tema.
A proposta foi aprovada em segunda votação no plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e quer implantar sistema de coleta seletiva de resíduos recicláveis nas dependências das escolas públicas, sob a orientação da direção e do corpo docente. O lucro obtido com a reciclagem do lixo será revertido em material didático-pedagógico de informática e em outros benefícios para a própria escola, segundo avaliação de prioridades.
“A criação do programa Reciclar visa conscientizar os alunos da rede pública no Estado de Goiás, para a necessidade de preservação do meio ambiente, integrando à comunidade escolar, pais, alunos e profissionais da área de educação, na busca do desenvolvimento sustentável ambiental e a manter uma melhor organização do ambiente escolar”, ressalta o socialista
Diego Sorgatto afirma que irá conversar ainda esta semana com Marconi para articular a aprovação do projeto. Segundo ele, a proposta passará pelo crivo de Perillo integralmente. “O governador é um ecologista nato”, assegura o parlamentar em entrevista ao O HOJE. Para Sorgatto, existem poucas alternativas de educação ambiental na rede pública de ensino. “E tenho o entendimento de que havendo conscientização sobre a preservação do meio ambiente na infância e juventude teremos um adulto preocupado com o futuro dos nossos recursos naturais”, acredita o deputado ao sair em defesa do projeto.
Segundo o parlamentar, o projeto será uma fonte extra de recursos para as escolas. O artigo 7º da proposta garante que “o lucro obtido com a reciclagem do lixo será revertido em material didático-pedagógico de informática e em outros benefícios para a própria escola, segundo avaliação de prioridades”. O parágrafo 1º do artigo 2º determina que “as atividades didático-pedagógicas fundamentadas na educação consistem em ações dos professores que possibilitem a compreensão do gerenciamento do programa, bem como a implementação do processo da coleta seletiva e da sua viabilidade econômica, estimulando ainda a apresentação de trabalhos por parte dos alunos, envolvendo o tema”.
Em relação aos custos, Sorgatto afirma que serão “baixíssimos” para o Estado. “Serão absorvidos rapidamente com a comercialização do material reciclável. Estamos falando de lixeiras padronizadas com as cores correspondentes ao tipo de material a ser coletado. Existe ainda a possibilidade de parceria com as empresas que compram o descartável, onde estas poderão instalar os recipientes coletores gratuitamente nas escolas. Isso dependerá da direção de cada unidade escolar”, explica o deputado.
Carteiras adaptadas
Outro projeto de Sorgatto que segue para apreciação de Marconi Perillo é o que dispõe sobre a obrigatoriedade de os estabelecimentos de ensino públicos ou privados disponibilizarem carteiras escolares adequadas às pessoas com deficiência. As carteiras escolares especiais deverão seguir as normas e padrões da Associação Brasileira de Normas e Técnicas – ABNT e do Instituto de Metrologia – IMETRO, respeitando as peculiaridades de cada usuário.