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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Odebrecht

Presidente da Colômbia é notificado para depor no caso

Depoimento do chefe de Estado não será presencial, mas através de um questionário que será enviado pela Suprema Corte

Postado em 11 de agosto de 2017 por Victor Pimenta
Presidente da Colômbia é notificado para depor no caso
Depoimento do chefe de Estado não será presencial

A Suprema Corte de Justiça da Colômbia notificou o presidente
do país, Juan Manuel Santos, para depor dentro da investigação preliminar que
se segue contra o senador governista Bernardo Miguel Elías Náder pelo caso de
subornos da Odebrecht, informou hoje (11) o tribunal.

Uma fonte da Corte disse à Agência Efe que Santos e outros
ministros do seu gabinete “serão chamados para depor como testemunhas dentro do
processo” contra o político do departamento caribenho de Córdoba, detido ontem
em Bogotá por ordem do Supremo. O depoimento do chefe de Estado não será
presencial, mas através de um questionário que será enviado pela Suprema Corte,
explicou a fonte.

O ministro do Interior colombiano, Guillermo Rivera,
assegurou hoje que o presidente Santos e os membros do seu gabinete atenderão à
citação do Supremo. “O governo atenderá aos requerimentos da Justiça”, disse o
ministro a jornalistas, acrescentando que “este foi um governo que se
caracterizou por ser respeitoso da administração da justiça e, como em todos os
casos, está pronto a dar resposta”.

Meios de comunicação locais indicaram que a Corte Suprema de
Justiça decidiu coletar o depoimento de Santos e vários ministros e
ex-ministros a pedido da defesa de Elías para averiguar como se assinou com a Odebrecht
o contrato para a construção da via Ocaña-Gamarra, na Ruta del Sol II.

No processo também prestarão depoimento os ministros de
Fazenda, Mauricio Cárdenas; de Agricultura, Aurelio Iragorri, e a chanceler,
María Ángela Holguín. Também falarão à Justiça o ex-vice-presidente Germán
Vargas Lleras, os ex-ministros de Interior, Juan Fernando Cristo, de Defesa,
Juan Carlos Pinzón, de Minas, Tomás González, e de Educação Ginna Parody, entre
outros.

As provas enviadas à Suprema Corte de Justiça indicam que o
grupo político do senador, conhecido como “Bobo” Elías, supostamente recebeu
cerca de 17 bilhões de pesos (US$ 5,6 milhões) provenientes das propinas
relacionadas com contratos da construtora brasileira.

Pelo caso da Odebrecht na Colômbia foram detidos o
ex-vice-ministro de Transporte, Gabriel García Morales, o ex-senador Otto Bula
e o ex-assessor da Agência Nacional de Infraestrutura, Juan Sebastián Correa,
além de vários empresários.

A primeira condenação pelo caso Odebrecht na
Colômbia foi uma de sete anos contra o empresário Enrique Ghisays Manzur pelos
delitos de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.

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