Bruna Policena

O
espetáculo de Marco Luque intitulado ‘1, 2, 3
Testando!’ traz uma mistura de stand up, apresentações de
personagens e  improviso, se apropriando muitas vezes da surpresa e do
inesperado que faz de cada apresentação um espetáculo único. O humorista se
apresenta neste sábado, às 21h30 no Teatro Rio Vermelho, com a presença
de seus personagens mais carismáticos, como Jackson Five, Silas Simplesmente e
Mustafary, entre outros. Ele mesmo é responsável por criar as próteses e
máscaras para os seus personagens.

Marco
Luque conta que o espetáculo “reflete um dos melhores momentos da minha
carreira, repleto de felicidade e cheio de gratidão com o público que me
acompanha”. O show também conta sempre com a participação
especial de um convidado musical, Fernandinho Beat Box, que é
um divertidíssimo mestre de cerimônia e sabe como ninguém interagir com o
público. O rapper já se apresentou ao lado de artistas como Seu Jorge,
Wyclef Jean (do Fugees), Gabriel o Pensador, Paulinho da Viola, Lenine, Marisa
Monte, Dj Pogo e Rahzel.

Na TV, os personagens criados
pelo Marco Luque vêm fazendo grande sucesso no programa ‘Altas Horas’, da Rede Globo, bem como
nos vídeos produzidos para o seu canal no YouTube, o ‘Marco Luque TV’. O ano de 2017 está sendo um dos
melhores da carreira do artista Marco Luque. Além da estreia de seu
novo show, Marco estará em dois longas-metragens a serem lançados
neste ano: ‘Talvez Uma História de
Amor’, de Rodrigo Bernardo; e ‘O
Homem Perfeito’, de Marcus Baldini.

Marco Luque

Natural
de São Paulo, o ator e humorista, ainda pequeno, era a grande atração de seu
colégio, tendo espaço reservado por uma professora, ao final de cada aula, para
apresentação de suas imitações aos colegas de classe. Formado em Artes
Plásticas pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), exerceu diversas
funções no início da carreira, como garçom de buffet, animador de festa
infantil, monitor de acampamento, entre outras.  Antes de consagrar-se
como humorista, Luque fez aulas com renomados preparadores de elenco,
como Fátima Toledo, e atuou em peças dramáticas, como ‘Quando as Máquinas
Param’, de Plínio Marcos, e ‘Auto da Barca do Inferno’, de Gil Vicente.

Tanto
trabalho e dedicação geraram frutos, Marco Luque foi convidado a
integrar o grupo do projeto ‘Terça Insana’, idealizado pela atriz e diretora
Grace Gianoukas. No espetáculo, nasceram personagens marcantes, como o motoboy
Jackson Five, o taxista Silas Simplesmente, a diarista Mary Help, entre outros.
O sucesso foi instantâneo e, logo em seguida, Luque foi convidado
pela rádio Mix para ter o seu próprio quadro, apresentando histórias de um de
seus personagens mais icônicos: o Jackson Five. As sketchs na rádio foram
premiadas pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais (APCA), na categoria
‘Melhor Programa de Humor na Rádio’, em 2010.

Na
mesma época, surgiram os convites para entrevista ao Programa do Jô, na Globo,
e para integrar a bancada de apresentadores do programa CQC. Pouco tempo depois, Luque já
estava estrelando o ‘Tamo junto!’, seu primeiro stand up solo, eleito pelo
público como a melhor comédia em Stand Up pelo Guia da Folha, do jornal Folha
de S. Paulo, e o ‘Labutaria’, espetáculo em formato de monólogo que apresenta
histórias de cinco personagens criados pelo humorista.

No
cinema, seu primeiro papel foi como fotógrafo no filme ‘Bellini e o Demônio’,
de Marcelo Galvão. Com o mesmo diretor, esteve no filme ‘Colegas’, premiado em
festivais como o de Gramado e o do Cinema
Latino-Americano. Luque também trabalhou com dublagens de longas
animados, como ‘Khumba’, ‘Mortadelo & Salaminho – Em Missão Inacreditável’
e ‘Cegonhas – A História Que Nunca Te Contaram’. 

Em
2017, Luque terá um papel de destaque em ‘O Homem Perfeito’, dirigido
por Marcus Baldini, e também estará no longa ‘Talvez Uma História de Amor’, de
Rodrigo Bernardo, fazendo o papel de melhor amigo do personagem de Mateus
Solano. Atualmente, o humorista tem um canal no YouTube chamado
‘Marco Luque TV’ e apresenta o espetáculo ‘1, 2, 3, testando’ e o
stand up ‘Tamo junto!’, sendo que este último foi gravado pelo Netflix, serviço
de streaming mais famoso do mundo, e estará disponível em breve aos seus
assinantes.

Ele
também ingressou para a equipe do programa Altas Horas, da Rede Globo, e para a
atual temporada do humorístico ‘Vai Que Cola’, do Multishow. Na atração
apresentada por Serginho Groisman, Marco Luque atua em cenas
externas, brinca com dublagens e reveza os seus personagens no palco,
interagindo com a plateia. Nas redes sociais, Marco Luque conta
com mais de 15 milhões de seguidores e está entre os perfis mais influentes do
Brasil, destacando-se pela interatividade sempre bem-humorada com o seu
público.

SERVIÇO

Marco Luque – 1,2,3 Testando

Quando: 30 de setembro

Onde: Teatro Rio Vermelho

Horário: 21h30

Entrada: Plateia
Inferior: de R$ 100 à R$ 120 (inteira) / Plateia Superior: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)

ENTREVISTA COM MARCO LUQUE

Marco,
em que momento você percebeu que a comédia, o humor era sua vida?

Eu sempre fui muito tímido e enxerguei no humor um
meio de me aproximar mais das pessoas. Eu brincava com meus colegas e
professores, gostava de fazer eles rirem, todos se divertiam comigo.

Você
já fez stand-ups de ‘cara limpa’, mas neste espetáculo, você investe em
personagens, caracterizações. Qual tipo de humor exige mais de você? As
caracterizações são parte de uma fase da sua carreira? Em que você se inspira
para criar os personagens?

Adoro o meu trabalho, seja caracterizado ou de ‘cara
limpa’, a dedicação e o trabalho não mudam, o que diferencia é o tempo que levo
para trocar os figurinos entre uma entrada e outra. Cada tipo de humor exige
características específicas e explora lados meus diferentes. Para os personagens,
me inspiro muito em situações do cotidiano, gosto muito de observar as pessoas,
com suas peculiaridades, suas culturas, seus modos de ver e viver a vida.

 Na apresentação, você mistura o stand-up
com personagens. De que temas você vai tratar na parte de stand-up em seus
espetáculos? De que forma os personagens complementam o que você fala?

Temas do cotidiano, ligados a várias situações que
vivemos todos os dias, sempre puxando para o humor. Sobre os personagens, eles
complementam a minha fala na medida em que trazem as características do seu
universo, seja no jeito de falar, na postura, nas histórias.

Na
TV, você conseguiu ter reconhecimento com personagens como o Mustafary. Para
você, como o retorno alcançado na televisão alimenta os espetáculos no teatro?
Você testa primeiro os personagens no palco?

Alimenta de uma forma muito positiva. A repercussão
tem sido cada vez maior, estar no ar com os personagens me aproxima ainda mais
do público e o resultado acaba refletindo no palco. Todos os meus personagens
apresentados no ‘Altas Horas’ já passaram pelos palcos.

Como
você amadureceu artisticamente após seu stand-up Tamo junto, de 2009? Em que o
1,2,3 Testando reflete seu momento atual na carreira?

Acredito que o amadurecimento acontece de uma forma
natural, com base em muito trabalho e dedicação. O repertório muda com o passar
dos anos, pois novos fatos acontecem e outras situações entram em evidência nas
nossas vidas. O 1,2,3 Testando reflete um dos melhores momentos da minha
carreira, repleto de felicidade e cheio de gratidão com o público que me
acompanha. E também foi uma maneira de unir as duas facetas do meu trabalho.

Você
já teve episódios nos quais algumas pessoas se ofenderam com algum de seus
personagens ou de suas piadas? Como você lida com isso?

 Sim, é
inevitável, mas eu lido de uma forma muito tranquila, acho que faz parte.
Procuro sempre me policiar nas piadas, mantendo o respeito como base principal.