BB tem lucro de R$ 7,87 bilhões no ano; crescimento é de 45,1%
Inadimplência registrou queda de 4,11% em junho para 3,94% em setembro
O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$
7,872 bilhões nos primeiros nove meses de 2017. O montante é 45,1% maior do que
o atingido no mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre do ano, o
lucro ajustado ficou em R$ 2,7 bilhões, 15,9% maior do que o verificado no
período de julho a setembro de 2016 e 2,2% superior ao segundo trimestre deste
ano.
A carteira de crédito do banco fechou o mês de setembro em R$
677 bilhões, uma retração de 2,7% em comparação ao volume de empréstimos
registrado em junho, de R$ 696,1 bilhões. Em comparação com setembro de 2016,
quando o saldo era de R$ 735,4 bilhões, a carteira reduziu 7,9%. Segundo o
presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, a redução está ligada a uma
mudança na composição da carteira de crédito que está sendo feita pela
instituição, investindo em operações de menor risco.
A carteira de crédito de pessoa jurídica ficou em R$ 267,7
bilhões em setembro, uma redução 3,4% menor do que a verificada em junho e
15,5% menor em relação ao mesmo mês de 2016. O financiamento ao agronegócio
ficou praticamente estável, com uma alta de 0,6% em relação a setembro do ano
passado, ficando em R$ 180,7 bilhões. O crédito consignado teve um aumento de
37,7% na carteira, passando de R$ 20,6 bilhões em setembro de 2016 para R$
28,4% no mesmo período deste ano.
Cafarelli disse que espera, para o próximo ano, uma expansão
de 6% do mercado de crédito brasileiro. “Em um ambiente de inflação baixa, com
indústrias ainda com capacidade ociosa, acreditamos que há espaço para redução
dos juros”, ressaltou ao apontar os sinais que indicam a recuperação da
economia. “A trajetória de retomada do crescimento, mesmo que gradual, é
consistente.” Para este ano, o banco projetou um crescimento de 0,7% do Produto
Interno Bruto e de 2,8% para 2018.
Inadimplência
Apesar de ainda estar acima da média do Sistema Financeiro
Nacional (3,6%), a inadimplência do Banco do Brasil registrou queda de 4,11% em
junho para 3,94% em setembro. “É a primeira vez nesse período que nós estamos
anunciando uma redução da inadimplência”, ressaltou o presidente da
instituição. Desde dezembro de 2016, o banco vinha acumulando altas sucessivas
no índice de não pagamento de débitos.
A estimativa da instituição é que o índice de
inadimplência mantenha estabilidade até o fim do ano e comece a se retrair em
2018.
Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução)