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domingo, 21 de dezembro de 2025
IBGE

Em 2015, PIB caiu em todos os estados pela primeira vez

Os estados que tiveram melhor resultado foram bastante influenciados pela agropecuária. O que pesou negativamente foi a indústria e a construção civil, com quedas expressivas

Márcio Souzapor Márcio Souza em 16 de novembro de 2017
Em 2015
Os estados que tiveram melhor resultado foram bastante influenciados pela agropecuária. O que pesou negativamente foi a indústria e a construção civil

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Todos os estados brasileiros
registraram queda no Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas os bens e
serviços produzidos no país) em 2015, de acordo com dados das Contas Regionais,
divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Pela primeira vez, a queda foi registrada em todas as
unidades da Federação desde o início da série histórica em 2002. Em 2015, o PIB
nacional caiu 3,5%.

Os dados divulgados pelo IBGE
indicam que no mesmo ano, apenas cinco estados responderam por 64,7% do PIB
nacional: São Paulo, com 32,4%; Rio de Janeiro (11%); Minas Gerais (8,7%); Rio
Grande do Sul (6,4%); e Paraná (6,3%). Juntos, no entanto, eles tiveram a
participação encolhida no total da economia brasileira em 0,2 ponto percentual,
em relação a 2014.

“Os estados que tiveram melhor
resultado foram bastante influenciados pela agropecuária. O que pesou
negativamente foi a indústria de transformação, o comércio e a construção
civil. Todas essas atividades tiveram quedas expressivas”, disse o gerente das
Contas Regionais, Frederico Cunha.

Ainda na comparação entre 2014 e
2015, os melhores resultados foram obtidos por Mato Grosso do Sul (-0,3%),
Roraima (-0,3%) e Tocantins (-0,4%), com retrações menos acentuadas. As quedas
mais acentuadas ocorreram no Amapá (-5,5%), no Amazonas (-5,4%) e no Rio Grande
do Sul (-4,6%).

Cunha ressaltou o fato de que no
Mato Grosso do Sul, estado que teve o melhor desempenho em 2015, a queda de
apenas 0,3% no PIB foi influenciada, em parte, pelo bom ano da agropecuária
local, que cresceu 10,1% neste período. Os setores de Indústria (-4,4%) e
Serviços (-1,6%), no entanto, contribuíram decisivamente para que, ainda assim,
a taxa no estado fosse negativa.

Cunha ratificou a generalização de
resultados negativos como algo inédito em toda a série histórica. “Esse
resultado de queda de todas as unidades da federação ainda não tinha sido
visto, inclusive por nenhuma série já estimada pelo IBGE antes disso. É um
resultado inédito que afeta todos os estados da federação”, explicou.

Já no Amapá, o estado com a
redução mais acentuada em seu PIB, com taxa de -5,5%, as principais
contribuições negativas foram dos setores de Indústria (-16,9%) e Serviços
(-4,1%). 

Participação no PIB

O IBGE ressaltou o fato de que a
Região Sudeste, mesmo respondendo por parcela significativa do PIB (54%),
manteve a tendência registrada nos últimos anos de retração de sua participação
no total da economia, tendo perdido em 2015 0,9% de participação. A queda
acumulada desde 2002 pela região chega a 3,4 pontos percentuais.

Neste mesmo período a Região
Norte teve sua participação na economia aumentada em 0,7, o Nordeste (1,1 ponto
percentual), o Centro-oeste (1,1 ponto percentual) e a Região Sul (0,6), todas
ganhando espaço do PIB nacional.

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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