PPS fecha questão a favor da reforma da Previdência
Quando isso ocorre, os parlamentares da legenda ficam obrigados a seguir a orientação do partido sob pena de punição
O diretório nacional do PPS
decidiu hoje (9), em Brasília, fechar questão a favor da reforma da
Previdência, que tem como relator o deputado Arthur Maia, filiado ao partido.
Quando isso ocorre, os parlamentares da legenda ficam obrigados a seguir a
orientação do partido sob pena de punição. No entanto, como há divergências
dentro do partido, especialmente na bancada na Câmara dos Deputados, é
improvável que a sigla puna os desobedientes.
As divergências entre a direção
do partido e parte da bancada na Câmara ficaram claras hoje (9), durante a
reunião do diretório nacional, quando apenas dois deputados se colocaram a
favor da mudança nas regras da aposentadoria e seis não compareceram ao
encontro.
O presidente do partido, deputado
Roberto Freire, ex-ministro da Cultura do governo Temer, disse que não pedirá
aos deputados para seguirem a determinação da direção do partido e lamentou as
divergências.
“Pedir a mim para falar com uma
bancada que, quando eu era ministro do governo, não teve a mínima consideração,
votou com a sua consciência”, disse Freire, referindo-se às votações das
denúncias contra o presidente Michel Temer, quando alguns deputados
contrariaram o fechamento de questão pela admissibilidade dos pedidos.
“Quero trazer para a direção
nacional, da qual eles todos [deputados] fazem parte, a decisão, que é uma
postura política. Ninguém quer punir ninguém, quer dizer qual a posição
política deste partido. Ou nós não temos? Não é falta de respeito a direção
nacional fechar questão em algo fundamental para um partido reformista”,
acrescentou Freire.
Além do PPS, até o momento, o
PMDB (partido de Temer) e o PTB decidiram fechar questão a favor da reforma da
Previdência. Hoje, após ser eleito presidente do PSDB, o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou que vai convocar, na próxima semana, uma
reunião da Executiva Nacional e da bancada tucana na Câmara para definir o
posicionamento do partido em relação à na votação da reforma da Previdência. O
tucano disse ser favorável ao fechamento de questão a favor da proposta do
governo, mas preferiu adotar um tom cauteloso ao se referir à posição do
partido.
Na última quinta-feira, o líder
do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que a reforma
da Previdência deverá ser colocada em votação na Casa no próximo dia 18 de
dezembro.
Como se trata de uma proposta de
emenda à Constituição (PEC), para ser aprovada, são necessários, pelo menos,
308 votos favoráveis, em dois turnos.
Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução