Casa de câmbio para criptomoedas é assaltada por hackers
As casas de câmbio para criptomoedas estão ainda mais visadas por hackers. Elas movimentam o equivalente a milhões de dólares, e ladrões conseguem fazer lavagem de dinheiro com relativa facilidade
As casas de câmbio para criptomoedas estão ainda mais visadas por hackers. Elas movimentam o equivalente a milhões de dólares, e ladrões conseguem fazer lavagem de dinheiro com relativa facilidade, evitando serem descobertos.
Desta vez, a casa de câmbio EtherDelta diz ter sido invadida por hackers, que tomaram controle de seu servidor DNS para oferecer uma versão falsa do site.
Segundo o Mashable, pelo menos 308 unidades de Ether foram roubadas, o equivalente a US$ 267 mil; assim como vários tokens que valem centenas de milhares de dólares.
A EtherDelta é conhecida por negociar quase todos os tokens baseados em Ethereum. Essas criptomoedas são emitidas em ICOs, sigla para oferta inicial de moedas — é o equivalente a uma emissão de ações na bolsa de valores.
A casa de câmbio tem volume diário de US$ 11 milhões, de acordo com o CoinMarketCap. Ela não exige verificação do usuário para iniciar uma negociação, mas só lida com criptomoedas — não as converte para dólares, por exemplo.
Atualmente, o site etherdelta.com está fora do ar. Os clientes podem acessar suas carteiras em deltabalances.github.io; aparentemente, o sistema de contratos inteligentes da EtherDelta não foi afetado. Ela alertou sobre a invasão através de sua conta no Twitter, que não foi invadida.
Esta é só mais uma entre diversas invasões recentes:
- A NiceHash, com sede na Europa, diz ter perdido US$ 60 milhões após ser hackeada na semana passada;
- A Tether, startup que trabalha com casas de câmbio, diz ter perdido US$ 31 milhões em novembro;
- A casa de câmbio Youbit, da Coreia do Sul, declarou falência após sido hackeada duas vezes este ano, supostamente por norte-coreanos.
Até mesmo a Coinbase está envolvida em problemas: ela acrescentou suporte a Bitcoin Cash, mas precisou interromper as negociações; agora, ela investiga se seus funcionários usaram informações privilegiadas para lucrar de forma ilícita.
Fonte: Tecnoblog. Foto: Reprodução