Desde novembro do ano passado alunos do Colégio Estadual de Panamá,  precisam conviver com rodízio de salas e ter atividades em área aberta em Panamá, no sul de Goiás. O prédio da única escola estadual da cidade foi interditado por risco de desabamento, eles estão instalados no local onde funcionava o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), mas denunciam que o espaço não é adequado.

O fechamento da escola modificou a rotina dos cerca de 250 estudantes. Primeiro, uma pilastra rachou e acabou comprometendo a estrutura do telhado. A área foi isolada. Depois, o Corpo de Bombeiros esteve no colégio e constatou que todo o prédio precisava ser interditado. A Secretaria Estadual de Educação afirmou já ter licitado as obras do Colégio Estadual de Panamá.

“Pode trazer um desmoronamento a qualquer momento. Por isso a interdição”, explicou o tenente do Corpo de Bombeiros Hugo Brito. “Num caso de incêndio ou pânico na edificação, pode trazer algum desastre, como morte.”

Não foi possível garantir acomodação para todos e, por isso, as turmas se revezam para ter aulas no pátio. “Tem alguns professores que não conseguem dar aula quando venta ou faz sol, porque bate muito reflexo no quadro”, afirmou a aluna Thatiele Silva.

A diretora do colégio, Tatiana Costa, disse que já procurou a Subsecretaria Regional e a Secretaria Estadual de Educação para cobrar soluções. “Quando a gente fez a licitação [para a obra de reparos da estrutura], né, toda documentada, eles falaram que diante de três meses já era até para entregar o prédio. E até hoje não, nem a verba foi depositada.”

Em resposta a Superintendência de Gestão, Planejamento e Finanças da Secretaria Estadual de Educação disse que o dinheiro para a obra vai estar disponível até 2 de março. O valor e o prazo para conclusão não foram informados.