*Guilherme Araujo

Muitos leitores de clássicos da literatura como A Guerra Não tem Rosto de Mulher (Companhia das Letras) se surpreender com uma vertente pouco trabalhada em narrativas de violência extrema. Não o bastante, comumente apoiados em clássicos do cinema como O Menino do Pijama Listrado (2008) ou Pearl Harbor (2001), o que se vê é um viés ficcional que aborda somente esquadros do já tradicional rastro de destruição provocado pelas guerras. 

A fim de provocar reflexões sobre os percalços e os horrores deixados pelo caminho sangrento da II Guerra Mundial, os cineastas franceses Julien Johan e Michèle Durren assinam o documentário A Guerra das Crianças, ainda inédito no Brasil.

Lançada na Europa em 2016, o longa, dividido em 2 partes e exibido pelo canal Curta! nesta próxima sexta-feira (30) faz parte da programação do Sexta da Sociedade. Com relatos de sobreviventes e histórias delicadas, a produção resgata a infância de crianças que tiveram sua inocência roubada durante os dias de combate, regados a fome, frio, trabalho forçado e morte.