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domingo, 24 de novembro de 2024
Transporte

Após quase um ano paralisada, obra do BRT é retomada em Goiânia

Funcionários iniciaram serviços de limpeza e de reorganização dos blocos de concreto para ampliar a área de trabalho do corredor de ônibus. Construção deve custar quase R$ 270 milhões

Postado em 22 de março de 2018 por Katrine Fernandes
Após quase um ano paralisada
Funcionários iniciaram serviços de limpeza e de reorganização dos blocos de concreto para ampliar a área de trabalho do corredor de ônibus. Construção deve custar quase R$ 270 milhões

Após quase um ano paralisada, a obra do Bus Rapid Transit (BRT) foi retomada, nesta quinta-feira (22), com serviços de limpeza e de reorganização dos blocos de concreto para ampliar a área de trabalho do corredor de ônibus, em Goiânia. Foram encontrados seis funcionários trabalhando na altura do Jardim Balneário Meia Ponte, trecho norte da via. A obra está orçada em quase R$ 270 milhões.

Previsto inicialmente para ser finalizado em março de 2017, o corredor exclusivo de ônibus teve a construção paralisada duas vezes e, em fevereiro, teve uma nova previsão de entrega para março de 2019. No entanto, a data já passou para outubro de 2020. Na última quinta-feira (15), presidente da República, Michel Temer (PMDB), anunciou a retomada das obras.

A construção do corredor exclusivo para ônibus foi reiniciada no sentido do Terminal Recanto do Bosque à Avenida Independência. De acordo com o Consórcio BRT, responsável pela obra, os trabalhos serão retomados gradativamente, conforme o conforme cronograma de obras e desembolso financeiro da Prefeitura de Goiânia, que foi estabelecido em um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público Federal.

O Consórcio BRT explicou que dispensou os funcionários, exceto um equipe administrativa, após a última paralisação, em junho de 2017, e será necessário fazer novas contratações conforme a necessidade da obra. Para este ano, o efetivo estimado é de 120 colaboradores.

O trecho a partir do Terminal Isidória, na Avenida Quarta Radial, que também já foi iniciado, não tem previsão de quando será retomado, visto que não está mais sob responsabilidade do Consórcio BRT. Será realizada uma nova licitação para definir a empresa que cuidará desta parte da construção.

Passageiros descrentes

Apesar da retomada das obras, muitos passageiros estão descrentes quanto à conclusão do BRT, mas avaliam que o corredor traria muitos benefícios. Paraense, Dreyla Tabayla, de 23 anos, se mudou para a capital há quase dois anos e escolheu morar no Setor Recanto do Bosque justamente porque achou que teria a linha direta para o trabalho, mas isto não ocorreu.

“A achei que conseguiria vir direto da minha casa, mas triste ilusão. Tenho esperança de que um dia fique pronto, mas acho difícil que saia, pelo visto vai demorar e sair uma obra mixuruca”, avalia a jovem.

Corredor de ônibus

A construção foi lançada em março de 2015, com a presença da então presidente Dilma Rousseff (PT). O projeto pretende atender 148 bairros de Goiânia e Aparecida de Goiânia com 93 ônibus – sendo 28 veículos articulados e 65 convencionais – em quatro linhas.

O novo sistema ligará as regiões norte (Terminal Recanto do Bosque em Goiânia) e sul (no terminal de Integração Cruzeiro do Sul, na divisa com Aparecida de Goiânia). Entre as vias que estão entre o trajeto estão a Avenida Rio Verde, Avenida 4ª Radial, Avenida Goiás, Avenida Lúcio Rebelo, Rua Oriente.

O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, já havia autorizado a retomada das obras, por parte do Ministério, no final de janeiro deste ano. Na época, a prefeitura havia informado que já haviam sido gastos R$ 63 milhões nas obras, orçadas inicialmente em R$ 244 milhões. Antes, a construção já havia sido interrompida por seis meses por causa de uma dívida de R$ 11 milhões e foram retomadas após a negociação dos pagamentos ao Consórcio BRT.

A expectativa é de que cerca de 120 mil pessoas usem o transporte diariamente, sendo 15 mil no horário de pico. Com o sistema, os coletivos passariam da média de 14 km/h para 28 km/h. 

Fonte: G1 Goiás ( Foto: Divulgação)

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