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sexta-feira, 30 de agosto de 2024
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Oficina Cultural Geppetto

Peça “Quando se abrem os guarda-chuvas” ocorre nesta quarta (28)

O espetáculo, um poema cômico sobre o envelhecer apresentado pela atriz Fernanda Pimenta, do Grupo Farândola Teatro, terá 10 apresentações gratuitas, em diferentes espaços da capital.

Postado em 27 de março de 2018 por Kamilla Lemes
Peça "Quando se abrem os guarda-chuvas" ocorre nesta quarta (28)
O espetáculo

Nesta quarta-feira (28), é a vez da Oficina Cultural Geppeto, no Setor Pedro Ludovico, receber o espetáculo Quando Se Abrem os Guarda-Chuvas, do Grupo Farândola Teatro. O evento é gratuito e livre para todas as idades. A apresentação faz parte do projeto de circulação contemplado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Goiânia e produzido pela Plano V Eventos e Cultura.

Entre os meses de março e julho, o espetáculo “Quando se abrem os guarda-chuvas” estará nos palcos de Goiânia e Aparecida de Goiânia, interpretado por sua criadora, a atriz Fernanda Pimenta. A circulação prevê 10 exibições em 10 diferentes espaços da região metropolitana, sempre às quartas-feiras, seguido de bate-papo entre a artista e o público. Todas as apresentações do projeto são gratuitas. 

A ação, caracterizada como uma temporada teatral circulante, tem o propósito de contemplar públicos diversificados, criando uma agenda com maior duração, trazendo ao espectador a certeza de que em duas quartas-feiras de cada mês, durante cinco meses, haverá teatro em algum lugar da capital. Durante o projeto o público ainda terá a oportunidade de conversar com os realizadores do espetáculo, para falar tanto da produção cênica que ocorre em nossa região, quanto sobre os caminhos que levaram à construção deste trabalho. 

A diversidade de plateias também se relaciona com a pluralidade dos espaços cênicos que serão utilizados, como no caso do Ponto de Cultura Cidade Livre – Teatro Cidade Livre, em Aparecida de Goiânia; da Escola Municipal Renascer, que fica no bairro Real Conquista; ou da Oficina Cultural Geppetto, no Setor Pedro Ludovico; e ainda a Universidade Federal de Goiás e os cafés e bares da capital que abrem espaço para o teatro; o Espaço Sonhus, no centro de Goiânia; o Instituto Federal de Goiás; o Zabriskie Teatro. Todos são considerados equipamentos culturais, capazes de agregar ainda mais valor ao que está sendo colocado em cena.

Uma ode à velhice contemporânea

O monólogo “Quando se abrem os guarda-chuvas” tem a atuação de Fernanda Pimenta, que também é co-autora da obra. A direção é da espanhola Elena Diego e a dramaturgia do carioca João Pedro Fagerlande. Sua estreia ocorreu em 2011 e desde então tem conquistado plateias brasileiras e estrangeiras, com um trabalho de teatro físico e poético, que é ao mesmo tempo melancólico e cômico, lírico e áspero, contundente e apaziguador.

A oralidade é o ponto de partida da personagem Conceição, uma viúva de mais de 70 anos, que se relaciona com o público de uma maneira calorosa, falando de seu dia-a-dia de pessoa idosa, que viu seu mundo se transformar aos poucos, sem que tivesse o controle dos caminhos que a fizeram chegar até ali. A espevitada figura fala em futuro, em desejos, em como se relaciona com um mundo cada vez mais veloz e tecnológico, e certifica a audiência de sua autonomia e capacidade de se apropriar de tudo isto que agora a rodeia, inclusive sua vontade de novamente amar. Em um decorrer de espetáculo penumbroso e de energia crescente, Dona Conceição contracena com suas memórias e com personagens que estão do outro lado da ligação ou das redes sociais, e as traz tão vividamente para a cena, que chegamos a ouvir suas vozes. Ou seja, quando Dona Conceição abre seu guarda-chuva é tão somente para sair mundo afora, caminhando em direção a um futuro que ainda pode lhe reservar muitas surpresas.

(Foto: Divulgação)

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