Governo tem até dezembro para aprovar reforma da Previdência
O ministro da Casa Civil lembrou que a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro impede a votação da reforma no Congresso Nacional
O ministro-chefe da Casa Civil,
Eliseu Padilha, disse hoje (14) que “não está extinta” a possibilidade de o
governo tentar aprovar ainda este ano a reforma da Previdência.
“Não conseguimos levar a cabo a
reforma da Previdência. Por enquanto, pelo menos. Porque ainda temos ainda até
31 de dezembro e essa possibilidade não está extinta, em que pese tenhamos tido
dificuldade. E essa é a reforma da reformas no que diz respeito ao ajuste
fiscal”, disse em entrevista a jornalistas após participar de evento do
Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
O ministro da Casa Civil lembrou
que a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro impede a
votação da reforma no Congresso Nacional, mas pode ser pactuada uma suspensão
temporária para colocar a medida em votação.
Padilha citou que o déficit da
Previdência no ano passado foi de R$ 268 bilhões e este ano deve ficar em torno
de R$ 300 bilhões. Segundo ele, esse gasto crescente compromete os
investimentos no país. “Na medida em que cresce a despesa com a Previdência, se
reduzem os investimentos. Primeiro os investimentos em obras, mas daqui a pouco
os investimentos na saúde, na educação. Coisa que é absolutamente
inimaginável”, disse.
Questionado por jornalista se
Temer pode procurar o candidato eleito para a presidência da República para
tentar aprovar ainda este ano a reforma, Padilha respondeu que acha “possível”,
mas não sabe se é “provável”. O ministro disse que não vê nos pré-candidatos
muita vontade em discutir o tema da previdência.
Em entrevista a veículos da
Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no último dia 4, Temer disse que a reforma
não saiu da pauta política do país e afirmou que “não é improvável que venhamos
a pensar nela ainda no final deste ano”.
Balanço do governo
Ao fazer o balanço dos dois anos
do governo Temer, completados no último dia 12, Padilha citou as reformas
trabalhista e do ensino médio, aprovadas no Congresso, a queda da inflação e da
taxa de juros.
“O presidente Michel Temer
iniciou o governo dizendo que iria colocar o Brasil nos trilhos.
Indiscutivelmente, o Brasil voltou aos trilhos”, afirmou.