Cantora Nila Branco mostra novo álbum em Goiânia ‘Azul Anil’
O grande desafio – e trunfo – de ‘Azul Anil’ é a sua diversidade: alinhavar as canções, de compositores de regiões diferentes, com temperos diferentes e suas referências com as de Nila
Nila Branco lança seu novo CD ‘Azul Anil’, no dia 26 de junho (terça), no Teatro Sesi. No repertório, canções como ‘Jardim da vida’; ‘Com açúcar, sem engano’; ‘Eu te amo’; ‘Pra te ver mais uma vez’ e ‘Vedor DÁgua’. O show terá cenário do arquiteto e designer goiano Léo Romano e direção artística de Ana Christina da Rocha Lima e figurino de Su Martins.
‘Azul Anil’ é marcado por parcerias com compositores de diferentes locais do Brasil, como Bahia, Tocantins, São Paulo, Goiás e sua Minas Gerais natal. A banda que vai acompanhar a artista no palco do Sesi é formada por Leandro Carvalho (violões, guitarras e vocais), Guilherme Bicalho (teclados), J.Júnior (contrabaixo, baixolão, baixo acústico, vocais), Cristiano Leite (bateria), Marcelo Borges (violões, bandolim)
Por sinal, o grande desafio – e trunfo – de ‘Azul Anil’ é a sua diversidade: alinhavar as canções, de compositores de regiões diferentes, com temperos diferentes e suas referências com as de Nila. Um facilitador é que a artista, sem se esforçar muito, tem o dom de se apropriar de qualquer música que a ela se apresente.
“Procurei minha onda, sem querer rebuscar, criar discurso, parecer mais do que sou. Minha onda é esta e as canções que escolho para cantar, minhas ou não, são canções simples como eu. Elas me refletem, de algum modo”, revela uma decidida Nila.
História
A cantora iniciou sua carreira no final dos anos 90, quando lançou seu primeiro CD homônimo, desde então foram mais cinco CDs e três DVDs.
Após uma parada na carreira, na qual dedicou seu tempo a novos projetos culturais, criando trilhas sonoras para curta-metragens, Nila resolveu se reinventar musicalmente, se redescobrir e fazer, enfim, sua incursão nos estúdios como produtora. Nasceu o CD ‘Sete Mil Vezes’ (2015), que promoveu mudanças em sua trajetória: substituiu as guitarras pelos violões, usou e abusou do baixo acústico, bandolim, trombone e outros instrumentos que nunca havia utilizado, deixando o som mais orgânico, mais vivo. Mudou o jeito de cantar, ousou ao regravar ‘Mente, Mente’, da trilha sonora do clássico ‘Cidade Oculta (1986), dirigido por Chico Botelho, e se aproximou definitivamente da MPB. Cantou suas canções, ‘Aquele Beijo’ e ‘Bye, Bye’ e se divertiu com a releitura de Conga, Conga, Conga. Nila considera o CD ‘Sete Mil Vezes’ – que virou DVD em 2015 – um marco em sua carreira
“- Era esse som que eu perseguia há tempos! Um amálgama de referências afetivas que me devolveu a alegria de cantar! “
Se foi preciso em ‘Sete Mil Vezes’ haver uma guinada à esquerda, agora a busca é pelo caminho do centro, do equilíbrio. As novas canções retratam o cotidiano em provocações sobre as diferentes formas de amar. Fachos de luz no inverno dos dias atuais.
‘Azul Anil’ é um desfile de tendências e uma gama de cores, misturadas, culminando no azul anil, que é Nila em sânscrito e significa ‘o céu pós-tempestade”, o Azul, aquele AZUL, o Azul da calmaria, do contemplar. O Azul do firmamento. “Azul, azulzim”, AZUL ANIL, AZUL NILA. A hora em que a música já não é mais sofrimento.