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sexta-feira, 30 de agosto de 2024
Saúde

Mulheres são mais propensa a desenvolver doenças oculares

Enquanto elas são mais suscetíveis ao olho seco e têm problemas relacionados ao uso da maquiagem, eles sofrem com daltonismo, segundo oftalmologista da Clínica de Oftalmologia Integrada

Postado em 19 de julho de 2018 por Guilherme Araújo
Mulheres são mais propensa a desenvolver doenças oculares
Enquanto elas são mais suscetíveis ao olho seco e têm problemas relacionados ao uso da maquiagem

57% das brasileiras entrevistadas declararam ter alguma patologia, enquanto entre os homens o percentual foi de 47%. (Foto: Reprodução Internet)

Da Redação

O inofensivo ato de coçar os olhos, causado por fatores ambientais, patológicos e/ou medicamentosos é prejudicial à saúde ocular. Como a estrutura desse órgão é muito delicada, a pressão exercida pelos dedos pode ​ lesionar áreas
importantes levando ao desenvolvimento de doenças que podem comprometer a visão.

As mulheres queixam-se com maior frequência de problemas de visão do que os homens. De acordo com levantamento feito pelo Healthy Sight Institute, 57% das brasileiras entrevistadas declararam ter alguma patologia, enquanto entre os homens o percentual foi de 47%. Não é apenas o uso de maquiagem que influencia nesse resultado: os hormônios são grandes culpados por essa diferença entre os gêneros.

O estrogênio, associado ao controle da ovulação e ao desenvolvimento de características femininas, é um dos responsáveis pela predisposição ao ressecamento de mucosas dos olhos, boca e órgão genital. Isso torna mulheres mais suscetíveis a enfermidades como a síndrome do olho seco, doença ocular que mais as atinge, causada pela deficiência na lubrificação do órgão da visão, segundo Ricardo Filippo, especialista em Oftalmologia e Oncologia Ocular e sócio fundador da COI – Clínica de Oftalmologia Integrada.

Nos últimos meses de gravidez, as mulheres também se queixam de maior sensibilidade ocular; as doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide e esclerose múltipla atingem com maior frequência o sexo feminino, expondo-as ainda mais. “Os homens, por sua vez, sofrem com daltonismo. Apesar de não ser uma patologia muito comum, é hereditária e recessiva ligada ao cromossomo X, por isso acomete praticamente apenas o sexo masculino”, explica.

A chegada da terceira idade aumenta o risco de afecções oftalmológicas, pois com o decorrer dos anos os tecidos oculares envelhecem, somando-se às inúmeras alterações morfológicas nos olhos. “Catarata e glaucoma são recorrentes nessa fase. As mulheres, ao atingirem a menopausa, ficam ainda mais suscetíveis, devido ao desequilíbrio e alteração dos hormônios que aumentam a propensão a distúrbios”, detalha.

Outro agravante e quase unanimidade entre as mulheres, o uso constante de maquiagem leva duas em cada dez pacientes a apresentarem problemas oculares, aponta a Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Lesões na córnea, processos alérgicos, terçol e entupimento das glândulas de gordura da pálpebra são algumas das complicações pela falta de cuidado e uso de produtos fora da validade. “O compartilhamento de produtos, itens vencidos e descuido na hora de aplicá-los, falta de higienização dos pincéis e até mesmo a falta de assepsia da pele podem tornar os olhos vulneráveis a sérios problemas”, alerta Ricardo.

Por ser uma região extremamente delicada, a Clínica de Oftalmologia Integrada recomenda cuidados essenciais ao fazer a maquiagem, a fim de evitar traumas ou infecções:

1) Contornar as pálpebras com o lápis, apenas do lado de fora, em pequena quantidade e com atenção para não encostar na córnea;

2) Preferir o rímel lavável ao à prova d’água, pois sai com mais facilidade e evita o atrito na área;

3) Remover a maquiagem diariamente antes de dormir;

4) Investir em bons demaquilantes ou usar xampu infantil, por ter formulação neutra e não agredir a pele, para a assepsia. 

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