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domingo, 24 de novembro de 2024
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Representatividade

Nesta quarta comemora o dia da Mulher Negra

Este dia tem como objetivo o fortalecimento de uma classe e seus movimentos sociais.

Postado em 25 de julho de 2018 por Guilherme Araújo
Nesta quarta comemora o dia da Mulher Negra
Este dia tem como objetivo o fortalecimento de uma classe e seus movimentos sociais.

A Lei nº 12.987/2014 define a mesma data como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. (Foto: Reprodução Internet)

Guilherme Melo

Com o objetivo de fortalecimento do feminismo negro e a ascensão
de governos ligados aos movimentos sociais, comemorasse nesta quarta (25) o dia
da mulher Afro Latino-Americana e Caribenha. A ex-presidenta Dilma Rousseff
sancionou a Lei nº 12.987/2014, que define a mesma data como o Dia Nacional de
Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

Uma líder quilombola, Tereza de Benguela, viveu no Brasil durante
o século 18, no estado do Mato Grosso. Depois da morte de seu companheiro,
passou a liderar o Quilombo do Piolho, entre 1750 e 1770. O refúgio de escravos reuniu mais de cem pessoas, entre índios e
negros, durante duas décadas. Além de resistirem fortemente à escravidão,
desenvolveram uma sólida organização social. 

Colocar Teresa de Benguela representando as mulheres negras,
afro-latino-americanas e caribenhas, marca um dia de luta. Assim mostra um
mecanismo para que as mulheres negras brasileiras tenham a oportunidade de
fortalecer o seu senso de identidade. Assim de fato, reconhecendo na história
de inúmeras mulheres negras que foram protagonistas na luta por liberdade e
direitos, no entanto, foram silenciadas e invisibilizadas pela historiografia
oficial. 

Em Goiás

Segundo a feminista negra, Letícia Oliveira, o dia é importante
para relembrar tudo o que as mulheres passaram até hoje e que não podem parar
de lutar. “Existem uma luta pelos nossos direitos, que não pode parar, por isso
é importante lembrar”, explica. Letícia está terminando o curso de medicina, e
conta que não foi fácil chegar aonde chegou. “Estudei em colégio estadual
toda minha vida, e quando disse que queria medicina, várias pessoas falaram que
não ia consegui”, conta a jovem. “Minha família não acreditava que
está era uma profissão de uma mulher negra, que eu podia me contentar com um
curso de enfermagem”, finaliza

Força Mulher

Assim como Tereza, outras mulheres foram e são importantes para a
nossa história. Com trabalhos impecáveis e perseverança, elas deixaram um
legado, que cabe a nós reverenciarmos e visibilizarmos a emancipação das
mulheres negras, como forma de homenagear: Antonieta de Barros, Aqualtune,
Theodosina Rosário Ribeiro, Benedita da Silva, Jurema Batista, Leci Brandão,
Chiquinha Gonzaga, Ruth de Souza, Elisa Lucinda, Conceição Evaristo, Maria
Filipa, Maria Conceição Nazaré (Mãe Menininha de Gantois), Luiza Mahin, Lélia
Gonzalez, Dandara, Carolina Maria de Jesus, Elza Soares, Mãe Stella de Oxóssi,
entre tantas outras.  

Um desenho da representação de Tereza de Benguela. (Foto: Reprodução Internet)

 

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