Dermatite atópica, doença que atinge até 25% das crianças
Doença tende a aparecer ou a piorar quando paciente é exposto a determinadas substâncias ou situações de estresse
Da Redação
Considerada uma doença da pele comum na população brasileira, a dermatite atópica, até 25% das crianças podem apresentar episódios da doença e até 7% dos adultos. A doença é crônica, hereditária e não contagiosa, que em decorrência das lesões na pele e coceiras, pode afetar a autoestima do paciente e sua interação social.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a doença é controlada com a medicação adequada, no entanto alguns dos fatores podem desenvolver a doença, por exemplo, o contato com materiais ásperos, poeira, detergentes e produtos de limpeza em geral, roupas de lã e tecido sintético, temperaturas extremas, infecções, alguns alimentos e o estresse emocional.
Os pacientes, com dermatite atópica, convivem com alergia cutânea que pode desencadear pele seca, erupções que coçam e crostas, principalmente nas dobras do corpo, como pescoço, cotovelo e atrás do joelho, áreas mais espessas e secas. Outras características da doença são esfoliações causadas por coceira, alterações na cor, vermelhidão ou inflamação da pele, que também podem surgir após irritações prolongadas, gerando eczemas.
“Qualquer contato com superfícies ásperas, pelos, exposição solar ou produtos de higiene ou limpeza tem efeito desencadeador. É importante que o paciente atópico viva em um ambiente limpo, sem odores e livre de objetos que possam acumular poeira. O apoio psicológico também pode ser útil ao paciente e à sua família”, afirma o médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dr. Samuel Mandelbaum.
Tratamento
O controle da doença é realizado com hidratantes, que devem se reaplicados no mínimo duas vezes por dia, e de preferência após o banho para que o produto segure ao máximo a umidade da pele, explica a médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Ana Mósca. O uso de imunomoduladores da calcineurina podem ser indicados.
A fototerapia é outra opção de tratamento, mas seu uso requer cautela e deve ser discutido com o médico. “Tratamentos com raios ultravioletas costumam ficar restritos apenas aos casos especiais e de difícil controle em razão dos efeitos colaterais da terapia”, afirma Samuel Mandelbaum.
O tratamento da doença visa melhorar os sintomas que interferem diretamente na qualidade de vida do paciente e no controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências.
Orientações
Por meio das redes sociais, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) está orientando a população sobre o que é a doença, causas, diagnóstico, fatores desencadeantes e cuidados. Nas peças divulgadas, a população também é lembrada da importância de procurar o médico dermatologista, profissional qualificado e capacitado para realizar o diagnóstico e o tratamento da doença.