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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
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MP

Paço discute plano de saneamento nesta segunda-feira

Prefeito Iris Rezende abre
nesta segunda-feira uma série
de discussões que resultará na elaboração do Plano Municipal
de Saneamento Básico

Postado em 18 de agosto de 2018 por Sheyla Sousa
Paço discute plano de saneamento nesta segunda-feira
Prefeito Iris Rezende abre

Venceslau Pimentel*

No momento em que o Congresso Nacional começa a discutir a Medida Provisória (MP) 844, que atualiza o marco legal do saneamento, o prefeito Iris Rezende (MDB) abre nesta segunda-feira (20) uma série de discussão sobre o assunto, que resultará na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB).

Durante o processo de consulta pública serão distribuídas por Goiânia 28 urnas para a coleta de sugestões da população, que serão instaladas em vários locais da cidade, entre eles lojas de atendimento da prefeitura, shopping centers e terminais de ônibus. Elas estarão disponíveis a partir do dia 4 de setembro.

A consultoria ficará a cargo da empresa Diefra Engenharia e Consultoria, contratada meio de licitação para prestar serviços técnicos especializados para a elaboração do Plano, que fornecerá subsídios que vão nortear os gestores públicos no que diz respeito a dois eixos componentes do saneamento básico: abastecimento de água e esgotamento sanitário.

O plano é uma exigência prevista na Lei Federal 11.445/2007, que trata das diretrizes nacionais para o saneamento básico, e que agora está sendo atualizada por meio da MP que tramita no Congresso. O artigo 2º da lei em questão define saneamento básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável; esgotamento sanitário (esgoto); limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (lixo); e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas (água da chuva).

A finalidade do programa é fornecer um diagnóstico da situação atual dessas questões em Goiânia e o impacto na vida da população, utilizando indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas.

De igual forma, o plano apresentará estratégias resolutivas para a universalização do acesso aos componentes do saneamento básico, assim como métodos de fiscalização e controle para a eficiente aplicação dos recursos públicos e garantia de excelência nos serviços prestados.

Para fazer o trabalho de fiscalização da elaboração do plano, o prefeito Iris Rezende baixou decreto municipal 419, de fevereiro de 2018, criando a Comissão Técnica Permanente de Acompanhamento, Orientação e Fiscalização dos Serviços de Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico de Goiânia (CTSB).

Farão parte do grupo técnicos das secretarias municipais de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), de Saúde (SMS), de Insfraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) e de Comunicação (Secom), da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Agência de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (ARG), que é a responsável pela coordenação dos trabalhos da comissão.

Privatização

Representantes de associações municipais de todo o país divergem de pontos da Medida Provisória 844, por ver neles a possibilidade de privatização das empresas de saneamento básico, envolvendo água e esgoto.

A Agência Nacional de Águas (ANA), órgão ao qual foi atribuída competência de editar normas nacionais para o serviço de saneamento básico, responsabilidade que era do Ministério das Cidades, ainda não emitiu parecer sobre a atualização do marco legal.

O presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), Aparecido Hojaji, afirmou em entrevista à Agência Brasil que vê retrocesso na medida, por entender que ela privilegia o setor privado de saneamento e a livre concorrência, em detrimento do acesso aos serviços públicos.

Hojji disse que a entidade que preside não é contrária à revisão da Lei 11.445/2007, só que ele defende que as alterações deveriam ser feitas por meio de um Projeto de Lei encaminhado ao Congresso, com participação dos parlamentares, entidades e trabalhadores ligados ao saneamento. Segundo ele, a MP não contemplou as reivindicações dos serviços municipais.

Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) se manifestou em defesa da MP por avaliar que ela aprimora a expansão da participação privada no setor. “Na avaliação do setor produtivo, o texto apresentado pelo governo propiciará o aumento dos investimentos em saneamento, hoje insuficientes”, diz a nota divulgada pela CNI. (*Especial para O Hoje) 

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