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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Investigado

Marconi Perillo é preso pela PF, na Operação Cash Delivery

Ex-governador foi à sede da Polícia Federal para prestar depoimento, em investigação que apura possível recebimento de recursos da empreiteira Odebrech

Postado em 10 de outubro de 2018 por Lucas de Godoi
Marconi Perillo é preso pela PF
Ex-governador foi à sede da Polícia Federal para prestar depoimento

Ao comparecer à sede da Polícia
Federal para prestar depoimento na Operação Cash Delivery, 
na tarde desta quarta-feira (10), o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) foi preso. Anteriormente o
Ministério Público Federal havia informado não ter pedido a prisão  do político porque
a legislação eleitoral não permitia, já que ele concorria ao Senado.

No último dia 28 a operação foi deflagrada no Estado e cumpriu mandado de buscas e apreensão em endereços ligados ao ex-governador. Na data, o ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) foi preso preventivamente. Além dele, também foram detidos o filho de Jayme, Rodrigo Godoi Rincón, o empresário Carlos Alberto Pacheco, o motorista de Rincón, o policial militar Márcio Garcia Moura, e o ex-PMPablo Rogério de Oliveira. Na casa de Márcio,foram encontrados pela Polícia Federal R$ 940 mil em espécie. 

Jayme Rincón foi solto na última sexta-feira (5) através de um habeas corpus, concedido pelo juiz Rafael Ângelo Slomp, da 11ª Vara da Justiça Federal de Goiás. 

A defesa
de Marconi Perillo, advogado Antônio Carlos Almeida de Castro, conhecido como
Kakay, emitiu a seguinte nota.

“A Defesa de Marconi Perillo,
perplexa, vem registrar a completa indignação com o decreto de prisão na data
de hoje. O Tribunal Regional da Primeira Região já concedeu 2 liminares para
determinar a liberdade de duas outras pessoas presas nessa mesma operação,
através de decisões de 2 ilustres Desembargadores. O novo decreto de prisão é
praticamente um “copia e cola de outra decisão de prisão já revogada por 
determinação do TRF 1. Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o
decreto do ex Governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas
decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento. Na
visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento
indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros
investigados. A Defesa acredita no Poder Judiciário e reitera que uma prisão
por fatos supostamente ocorridos em 2010 e 2014, na palavra isolada dos delatores,
afronta pacífica jurisprudência do Supremo, que não admite prisão por fatos que
não tenham comtemporaneidade. Marconi Perillo recebeu o decreto de prisão
quando estava iniciando o seu depoimento no departamento de Polícia Federal e
optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento
dos fatos . KAKAY”

 Até a publicação desta matéria, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal não haviam se pronunciado. 

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