Bariátrica é o procedimento cirúrgico mais realizado por mulheres
No caso das mulheres de 24 a 43 anos, cerca de 21% retorna entre 1 e 3 vezes ao nutricionista
Da Redação
O dia 11 de outubro é marcado no calendário oficial brasileiro pela conscientização sobre a prevenção da obesidade, uma epidemia que atinge 18,9% da população adulta brasileira de acordo com o Ministério da Saúde. Em casos em que há outras doenças associadas, como por exemplo diabetes e hipertensão, a cirurgia bariátrica aparece como alternativa para quem busca reduzir fatores de risco de forma mais rápida. Dentre os principais adeptos estão as mulheres de 24 a 43 anos em uma proporção duas vezes maior do que os homens na mesma faixa etária.
Ainda olhando para esse grupo, o procedimento é a operação planejada mais realizada e a quarta causa dentre os principais de internação, ficando atrás apenas do parto, de motivos clínicos (que são aqueles que não se transformam em cirurgia) e UTI neonatal.
As informações são da GESTO, health tech do setor de consultoria de benefícios que utiliza ciência de dados para gerenciar de maneira inteligente os planos de saúde. Ela administra um banco de cerca de 6 milhões de vidas e o levantamento foi conduzido considerando a utilização dos últimos três anos de cerca de 700 mil pessoas, que são beneficiários e dependentes da assistência prestada por empresas de diferentes portes que atuam em território nacional.
Além de avaliar a frequência das cirurgias bariátricas, o estudo ainda mensurou a quantidade de beneficiários que continuaram visitando o nutricionista após a realização da cirurgia. No caso das mulheres de 24 a 43 anos, cerca de 21% retorna entre 1 e 3 vezes ao nutricionista, enquanto apenas 2% acumula mais de 10 passagens no período pós-operatório.
“No mês em que a obesidade é colocada em pauta vale lembrar que falar de saúde é sempre melhor do que discutir a doença e que a tecnologia está aí para nos ajudar com esses desafios. Ciência de dados e modelos preditivos já nos permitem identificar pacientes com tendência a se tornarem casos graves e nos permitem intervir antes que medidas invasivas sejam a única alternativa, explica Fabiana Salles, CEO da GESTO. “Medidas simples, como implantar a coparticipação inteligente e isentar do pagamento pacientes que investem em consultas e exames preventivos, incentivam o cuidado e ajudam a reduzir fatores de risco.