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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Abadiânia

Defesa entra com pedido de habeas corpus de João de Deus

Médium é suspeito de abusar sexualmente de 330 mulheres. Ele está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia

Postado em 17 de dezembro de 2018 por Katrine Fernandes
Defesa entra com pedido de habeas corpus de João de Deus
Médium é suspeito de abusar sexualmente de 330 mulheres. Ele está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia

Da Redação

Nesta segunda-feira (17), a defesa do médium João de Deus protocolou o pedido de habeas corpus do líder religioso. O médium foi preso suspeito de cometer abusos sexuais em pelo menos 330 mulheres durante tratamentos espirituais em Abadiânia. Ele está preso preventivamente no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

O pedido de habeas corpus foi protocolado pelo advogado do médium, Alberto Toron. Segundo informações a intenção é que João de Deus tenha direito de prisão domiciliar enquanto o caso é investigado. Entre os argumentos está a idade, já que o preso tem 76 anos, e a saúde debilitada.

Prisão

João de Deus teve a prisão decretada na sexta-feira (14) a pedido da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO). No domingo, ele se entregou à polícia em uma estrada de terra em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal. Ele foi trazido para Goiânia e, após prestar depoimento, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito.

O líder religioso dormiu em uma cela de 16 m² no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. De acordo com a assessoria de imprensa da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), o médium passou a noite bem, dormiu junto com outros três presos e comeu pão com manteiga e achocolatado nesta manhã. O órgão informou ainda que João de Deus está recebendo todos os medicamentos que ele faz uso contínuo.

O médium prestou depoimento durante 3h na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia, totalizando sete páginas de respostas às perguntas dos delegados. Durante o interrogatório houve uma pane elétrica que causou uma interrupção breve.

Os delegados informaram que o preso ficou calmo durante o depoimento, com exceção do momento em que falou de uma vítima de quem se lembrava e ficou nervoso. 

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