O Hoje Entrevista esclarece dúvidas sobre o consumo compulsivo
Comemorado no dia 15 de março, a data foi criada para lembrar sobre os direitos garantidos ao consumidor
Suzana Meira
O
Dia Mundial do Consumidor é comemorado anualmente em 15 de março. A data foi
criada para proteger e lembrar o consumidor sobre seus direitos garantidos por
lei. Pensando na data, convidamos à psicóloga Mirella Nery para
nos explicar sobre o ‘Consumo Compulsivo’, prática realizada por todas as
classes sociais, inclusive no ambiente de trabalho, motivadas por excesso de
ansiedade e outros fatores.
De
acordo com a profissional, a compulsão é um padrão de comportamento inconsciente.
“O individuo sente necessidade de fazer algo, e não tem controle sobre isso.
Dessa forma, ele repete o comportamento constantemente. Muitas vezes, acha que
tem a liberdade de escolha e pode não repetir tal comportamento, mas acaba
revivendo a mesma atitude”, explicou.
Mirella
ressaltou ainda que esse hábito tem haver com os sentimentos de cada pessoa. “Todo
excesso esconde uma falta. A pessoa tem uma necessidade/vazio interno. Esse
dois fatores geram uma tristeza muito grande. Assim, ela passa a ter um
comportamento compulsivo para suprir esse vazio, mas o alívio que ela esta
buscando não é preenchido e a sensação de vazio tende a aumentar”, pontuou a
psicóloga.
Outro
fator determinante é a ansiedade. Segundo a psicóloga, ela acontece em vários
tipos de comportamentos, além de ser um sentimento que tem um conforto
breve. Na compulsão, a ansiedade é uma
consequência, baseada nas relações emocionais, psíquicas. “O prazer é
exclusivamente momentâneo. O individuo compra muito, bebe e come o que tem
vontade, mas a saciedade é apenas por alguns momentos. Além disso, muitas
vezes, todas as compras se tornam desnecessárias. E, geralmente a sensação de
aflição reaparece em um grau de maior intensidade”, disse.
A
profissional destacou que esse comportamento gera muita culpa. “O individuo se
sente envergonhado e tem que lidar com a tristeza de ver toda a situação na
qual ela esta submetida. É importante
buscar ajuda para que o comportamento não se torne patológico. O apoio de um
psicólogo é fundamental, para que cada pessoa possa entender como o aparelho
psíquico dela funciona e como o inconsciente atua na vida e emoções de cada um”,
finalizou.