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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
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precariedade

Enel é considerada a pior companhia de energia elétrica do Brasil

Em 2018, os consumidores ficaram em média, 26 horas sem energia no estado

Postado em 20 de março de 2019 por Suzana Ferreira Meira
Enel deve indenizar produtor de leite que perdeu sua produção por falta de energia elétrica
O caso aconteceu em 2017. Decisão foi dada pelo juiz Flávio Pereira dos Santos

Da Redação

A Enel, companhia elétrica responsável pela distribuição
de energia em Goiás, foi considerada pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) a empresa do
setor com pior desempenho do país pela segunda vez consecutiva, ficando com o
30º lugar no ranking. No ano passado, os consumidores ficaram, em média, 26,61
horas sem energia em Goiás.

A companhia argumenta que tem melhorado o serviço desde que assumiu,
em 2017. Além disso, a Enel afirma que já investiu mais de R$ 1,5 bilhão e que
segue “comprometida com a melhoria constante da qualidade do fornecimento
de energia”, por meio da modernização e automação da rede.

Nos últimos cinco anos, desde quando a Celg era a responsável pelo serviço, o
fornecimento de energia no estado estava entre os piores do país. O ranking de
2018 foi divulgado no último dia 15. Ao longo de 2018, foram registradas 8.235 reclamações sobre a
Enel na Aneel.

Adriano Rocha, Secretário de Desenvolvimento Econômico de
Goiás, afirma que o governo analisou o
plano de melhorias apresentado pela Enel. Ele cobra que, além das medidas de
longo prazo, ocorram intervenções imediatas. Assim, o governo apresentou para a
Aneel um plano emergencial alternativo para agilizar a melhoria do serviço. “Isso
tem afetado diretamente o desenvolvimento de Goiás. Empresas que precisam
aumentar a sua produção não conseguem, afetando a arrecadação do Estado, a
geração de empregos”, pontua o secretário.

Nota

“A Enel
Distribuição Goiás esclarece que tem alcançado melhorias em seus indicadores de
qualidade, medidos pela Aneel, desde que o Grupo Enel assumiu o controle da
distribuidora de energia, em fevereiro de 2017. A duração média das interrupções
do fornecimento de energia (DEC), por exemplo, foi reduzida em cerca de 6 horas
em dezembro de 2018, em relação a dezembro de 2017 – a melhor duração desde
dezembro de 2011. Com relação à frequência média de interrupções (FEC), o
número alcançado em 2018 é o melhor da história da companhia.

A distribuidora acrescenta ainda que, dos 148 conjuntos elétricos de
sua área de concessão, 101 já apresentaram melhoras no DEC e representam 73% do
total de clientes atendidos pela empresa em todo o Estado. Além disso,
considerando o Desempenho Global de Continuidade apresentado no ranking de
2018, o resultado é o melhor dos últimos 5 anos, o que significa que a Enel
Distribuição Goiás está mais próxima do limite ideal estabelecido pela Aneel.

Em 2017 e 2018, a Enel Distribuição Goiás investiu mais de R$ 1,5
bilhão, volume de recursos que representa bem mais do que o dobro dos cerca de
R$ 600 milhões que a antiga CELG D investiu em 2015 e 2016, antes da
privatização. Além disso, a distribuidora apresentou em fevereiro deste ano
para a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e para o Governo do Estado
de Goiás um plano de melhorias para acelerar as iniciativas com foco na
qualidade do fornecimento. Os investimentos realizados recentemente e as novas
medidas previstas no plano apresentado às autoridades trarão impactos positivos
nos indicadores de qualidade da empresa, melhorando também sua performance no
ranking de continuidade da Aneel nos próximos anos. A Enel acrescenta que segue
comprometida com a melhoria constante da qualidade do fornecimento de energia
em sua área de concessão, por meio da modernização e automação da rede.

 

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