Preço da gasolina diminui e litro chega custar R$ 4,49 em postos de Goiânia
Apesar das refinarias manter o aumento de 20% no preço do combustível, empresários fazem promoção para atrair clientes
Eduardo Marques*
O preço da gasolina e álcool em postos no estado de Goiás segue em baixa. É o que aponta o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto). Na Grande Goiânia, por exemplo, o valor da gasolina, que chegou a quase R$ 5 reais ao final de maio de 2018, os consumidores encontram nesta terça-feira (26), em média, o produto a R$ 4,49, de acordo com o sindicato.
Segundo o presidente da entidade, Márcio Andrade, o recuo se deve por conta da ação de donos de postos e algumas distribuidoras em organizar promoções para atrair clientes. Para ele, do início de fevereiro até nesta terça-feira (26), as refinarias aumentaram o imposto sobre a gasolina em 20%, o que obrigou os empresários a diminuírem o percentual de lucro.
“A Petrobras não contribui para a dimunuição do preço da gasolina e álcool. E para não perder clientes, os donos dos postos resolveram fazer essa promoção. Apesar de diminuir a margem de lucro, os empresários ainda conseguem manter o comércio em funcionamento”, ressaltou Márcio.
Embora os consumidores sintam a diferença no preço dos combustíveis, Andrade alerta que não há previsão para continuidade dessa promoção. “Não sei até quando eles vão manter esse reajuste do preço médio da gasolina e também do álcool, mas enquanto isso os consumidores podem aproveitar esse reajuste”, salientou o presidente do Sindiposto.
Óleo diesel
A Petrobras anunciou nesta terça-feira (26) mudança na periodicidade para reajustes do óleo diesel. A partir de agora, o preço do combustível não poderá ser reajustado em períodos inferiores a 15 dias.
Até então, o valor do litro do diesel poderia variar até diariamente. Segundo a estatal, os preços do diesel nas refinarias da companhia correspondem a cerca de 54% dos preços ao consumidor final.
A estatal anunciou ainda a criação do “Cartão Caminhoneiro”, que permitirá a compra do combustível a preço fixo nos postos com a bandeira BR. O cartão deve entrar no mercado em 90 dias. Segundo a empresa, o cartão “servirá como uma opção de proteção da volatilidade de preços, garantindo assim a estabilidade durante a realização de viagens”.
A decisão foi aprovada em reunião com a diretoria executiva. Em nota, a Petrobras garante que “manterá a observância de preços de paridade internacional (PPI), abstendo-se, portanto, de práticas que poderiam caracterizar o exercício de poder de monopólio, já que possui 98% da capacidade de refino do Brasil”.
A alta do preço do combustível foi a principal justificativa para a greve dos caminhoneiros em maio de 2018.
*Com informações da Agência Brasil