Em decisão unânime, servidores da educação do estado deflagram greve
A paralisação começará na próxima quarta-feira (3) e se estenderá até a sexta-feira (5)
Da Redação
Na tarde desta segunda-feira (1º) foi realizada uma Assembléia Geral com paralisação dos trabalhadores em educação da Rede Estadual de Goiás com indicativo de greve. Ao final da reunião, por decisão unânime, a greve foi deflagrada.
A reivindicação da paralisação, segundo a presidente do Sintego, Bia Lima, é o pagamento de dezembro, o qual 42% dos servidores da educação não receberam; o salário de março que não foi efetuado no mês trabalhado, como negociado com o governador; o piso do magistério e o auxílio alimentação retroativo de fevereiro.
A paralisação começará na próxima quarta-feira (3) e se estenderá até a sexta-feira (5), prazo para o governo de Goiás atender os pedidos. Uma nova Assembléia Geral com paralisação já foi convocada para a próxima segunda-feira (8).
A secretária de educação, Fátima Gaviolli, esteve na Alego também nesta tarde de segunda-feira, para participar da Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Assembleia Legislativa de Goiás e afirmou que “até junho acredito que tudo esteja resolvido”.
A redação do Jornal O Hoje entrou em contato com a Secretaria da Educação (Seduc) e esta enviou uma nota de esclarecimento:
“Sobre a deliberação feita pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintego), na tarde desta segunda-feira (01/04), e que decidiu pela realização de uma greve de três dias, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) destaca que a pauta de reivindicações informada aponta para assuntos que já estão sendo resolvidos pelo Governo de Goiás.
Sobre a reinvidicação acerca do pagamento do mês de dezembro, os servidores da educação estadual começaram a receber o salário de dezembro de 2018, que não foi pago pela gestão do ex-governador José Eliton, ainda no mês de fevereiro quando foram efetuados os pagamentos para os servidores que ganhavam até R$ 2.760, e depois para os que recebiam entre R$ 2.760 e R$ 3.574.
Na última semana, no dia 29 de março, os servidores ativos da educação e que recebem de R$ 3.574,01 até R$ 4.590, e inativos que recebem até R$ 2.670, também receberam, totalizando cerca de 52 mil pessoas que receberam os vencimentos de dezembro, o que representa mais da metade de servidores da folha. A secretária Fátima Gavioli reafirma o estado de calamidade financeira em que o Estado de Goiás foi encontrado pelo governador Ronaldo Caiado, com dívidas superiores a R$ 3,4 bilhões, e ressalta que tudo está sendo feito dentro da pasta para regularizar a situação.
Além de não ter efetuado o pagamento da folha de dezembro, o governo anterior não realizou o pagamento do décimo terceiro salário dos professores e servidores com contrato temporário, de duas parcelas do prêmio Reconhecer, e deixou diversas outras dívidas.
Ainda assim, o auxilio alimentação, que foi extinto pelo ex-governador José Eliton, foi instituído pela atual gestão e agora realmente como um benefício para os professores e servidores e não mais com viés eleitoreiro. Ele será creditado aos servidores junto com o pagamento de março. Além disso, a discussão sobre a adequação ao piso nacional dos professores será realizada após o pagamento de toda a folha de dezembro de 2018 que, reafirmamos, não foi paga pela gestão anterior.”
Esta matéria foi atualizada às 15:20 do dia 02/04/2019 para o acréscimo da nota da Seduc*