GUILHERME MELO* 

O projeto Música no Câmpus apresenta, nesta terça-feira (23), a banda Baiana System, às 20h30, no Centro de Cultura e Eventos Ricardo Freua Bufáiçal, no Campus Samambaia. O projeto tem como objetivo promover a música pela cidade, e é organizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG). A banda marca o início de shows da temporada de 2019, celebrando os dez anos do projeto Música no Campus. 

Assim como o projeto, a banda Baiana System celebra dez anos de existência. “Não nos tocamos que já se passaram dez anos de parceria. Estamos sempre produzindo e trabalhando, e fomos lembrar que o grupo foi formando em 2009 quase no fim da produção do novo álbum!”, revela Roberto Barreto (Beto), guitarrista e um dos fundadores do grupo. 

Baiana System apresenta ao público o terceiro disco de carreira, intitulado O Futuro Não Demora. O álbum conta, mais uma vez, com a produção de Daniel Ganjaman e do próprio grupo, assim como aconteceu com o premiado Duas Cidades, de 2016. Desta vez, o processo ocorreu de maneira bem diferente.  “Ainda não vamos lançar o show do disco, que estreia em maio deste ano. Estamos mesclando músicas dos antigo disco, com algumas faixas do O Futuro Não Demora, para ir apresentando ao público”, revela o artista. 

Segundo Beto, no disco anterior houve um movimento de ida para gravar em São Paulo, e um trabalho minucioso por parte de Ganjaman de interpretar e organizar as ideias que já eram apresentadas ao vivo. “Desta vez, fizemos um trabalho profundo de pesquisa, de pré-produção das bases e conceituação de todo o ambiente, muito fincado num afastamento da atmosfera urbana de Salvador e de um mergulho na Ilha de Itaparica”, explica o músico.

Beto explica que o contato com a Ilha de Itaparica surgiu por meio do grupo Maré de Março, um movimento socioambiental formado por jovens da ilha, de caráter conservacionista, que busca uma nova relação com aquele território. “Esse convívio trouxe uma visão da Baía de Todos os Santos como uma grande ‘mãe’ e a importância de Itaparica em sua relação imprescindível com a história do Brasil”, conta o guitarrista. O disco também marca a presença de faixas produzidas por parceiros de longa data como Dudu Marote e o DJ, produtor e compositor João Meirelles, músico integrante do grupo desde 2012 e que trouxe elos importantíssimos para a construção desse mapeamento.

Além desse olhar de preocupação com o meio ambiente, O Futuro Não Demora apresenta uma narrativa, que é marcada por início, meio e fim. A primeira faixa recebeu o nome de Água, e, a última, Fogo, relacionados a elementos da Terra.  O disco é dividido em duas faixas, apresentando o início do trabalho de criação e de composição que, segundo o músico, são partes de uma sinfonia que começou a ser escrita juntamente com o maestro Ubiratan Marques, regente da Orquestra Afrosinfônica e que tem grande participação no disco, compondo, tocando e fazendo arranjos. 

Essa apresentação marca o terceiro show da banda na Capital. O músico revela que ficou encantado com a diversidade de Goiânia. “A cidade sai do eixo tradicional, Rio de Janeiro e São Paulo, então não esperávamos muito”, revela Beto. “Quando chegamos para nos apresentar no Festival Bananada, ficamos surpresos pela diversidade de gostos, energia e alegria do povo goiano, e é sempre um prazer voltar a Goiânia!”, revela. 

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE 

sob orientação da editora Flávia Popov

SERVIÇO 

Show com Baiana System

Quando: terça-feira (23) às 20h30 

Onde: Centro de Cultura e Eventos da UFG (Av. Esperança, s/nº, Vila Itatiaia, Campus Samambaia) 

Ingressos: R$ 30 (inteira)