Foto: Renato Lopes - Dircom 

Da Redação

O pleno desenvolvimento da criança com deficiência é um desafio. Depende diretamente da interação com o meio em que vive, das experiências e atividades que compõem sua rotina. Ciente dos obstáculos, a Prefeitura de Anápolis, via Secretaria Municipal de Educação, dá atenção especial a este público, por meio de seu Centro Municipal de Atendimento à Diversidade (Cemad). Pedagogos especializados, psicólogos e fonoaudiólogos são alguns dos profissionais à disposição da comunidade no local, que funciona no Bairro Maracanã – na Rua Geni Ribeiro Guimarães, esquina com Rua Joaquim da Cunha.

Atualmente, o Cemad atende em torno de 390 crianças em suas mais diversas necessidades. O deficiente visual Diego Benício de Oliveira, de 18 anos, frequenta o Centro desde 2016. Lá, faz aulas de Braile – sistema de escrita tátil -, curso de informática, é atendido com psicoterapia e usufrui da convivência com os colegas. Mas foi a disciplina de Orientação e Mobilidade que mudou a rotina do jovem, que perdeu a visão em um acidente de bicicleta, em 2014.

Ele cumpre sua agenda de maneira independente, se desloca sozinho por mais de 20 quilômetros, no percurso entre Terezópolis de Goiás e Anápolis, para suas atividades semanais no Centro,. “Estas aulas me deram a segurança e o conhecimento para me movimentar. Antes eu tinha medo de me machucar, quase não saía de casa, agora não mais”, contou Diego. Durante homenagem ao Dia das Mães, realizada recentemente no próprio Cemad, emocionou a todos ao soltar a voz. Música é uma de suas paixões e, conforme comentou, recebeu até convite da cantora gospel Aline Barros para gravar uma faixa.

Já Danila de Carvalho frequenta o Centro Municipal de Atendimento à Diversidade há dois anos para tratar o transtorno de atenção da filha, Manuela Cristina, de 7 anos. “O progresso é visível, o acompanhamento que eles fazem é muito bom”, disse. Manuela é atendida pela fonoaudióloga, faz aulas de computação e participa de atividades multidisciplinares.

Também diagnosticado com  transtorno relacionado à atenção e hiperatividade, Wallyson Gabriel, de 4 anos, era objeto de muitas reclamações na creche. Após o início do acompanhamento no Cemad, as reclamações diminuíram. É o que conta a mãe dele, Ana Carolina da Silva Costa, que encontrou um alento no Centro. “Além da informática, ele também participa do projeto de musicalização e tem atendimento psicológico. Dá pra ver a mudança nele, o ganho em qualidade de vida pra ele mesmo é enorme”, afirmou Ana Carolina.

Educação de surdos

Uma das iniciativas que mais chamam atenção no Centro é a da educação dos deficientes auditivos e surdos. Hoje, são 42 atendidos, sendo 15 oriundos da rede municipal de ensino e 27 da comunidade em geral, incluindo cidades vizinhas. Os familiares também têm vez, para eles o Cemad oferece curso gratuito de Libras para a comunicação em casa ficar descomplicada.

“Nosso papel não é só alfabetizar, mas também amparar a família no momento do diagnóstico”, explica a coordenadora do Cemad, Valdileya Prado Rezende. Ela ressalta que, entendendo a deficiência, tudo fica mais fácil e a desinformação dá lugar à aceitação. “Estas crianças são iguais a todas outras na capacidade de amar e, respeitando suas limitações, também são igualmente capazes de crescer e brincar”, afirmou.

Atendimentos

O Cemad é aberto a toda comunidade, os encaminhamentos podem ocorrer via rede municipal de educação ou diretamente na própria sede. Informações: (62) 3902-1132 ou no endereço Rua Geni Ribeiro Guimarães, esq. com Rua Joaquim da Cunha – Bairro Maracanã.