Pastor, filho, policial civil e fiel são denunciados por golpe de pirâmide financeira
De acordo com o Ministério Público, o grupo oferecia lucro na negociação de barris de petróleo mediante investimento em uma falsa empresa. O lucro obtido está estimado em R$ 500 mil
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou quatro pessoas por aplicarem golpes por meio de um esquema conhecido como “pirâmide financeira”. Um pastor evangélico e outras três pessoas ofereciam lucro na negociação de barris de petróleo mediante investimento em uma empresa falsa. Segundo o MP, o lucro obtido por eles é de cerca de R$ 500 mil.
Além do pastor, Gersil Caetano Rosa, presidente da Igreja Assembleia de Deus de Caiapônia, também participavam do esquema, segundo o MP, o filho dele, Fábio Gomes Caetano, o escrivão da Polícia Civil Adolfo de Freitas Filho, e a fiel da igreja, Patrícia Castro Bessa.
De acordo coma denúncia, o esquema foi colocado em prática em 2016 e teria enganado diversas pessoas em ao menos quatro cidades de Goiás e Mato Grosso. Os interessados em participar deviam pagar uma taxa de R$ 120, além de fazer um investimento. O MP diz que o grupo dizia aos “clientes” que “as aplicações que estavam realizando eram seguras e não precisavam ter receio algum, pois os lucros seriam garantidos”.
Os “investidores” após um tempo os procuravam reclamando de não conseguir resgatar o dinheiro, eles então alegavam que existia um problema no site da empresa e que os lucros seriam recebidos em breve. Seguindo sem respostas, as vítimas voltavam a procurar os denunciados, que alegavam que “a empresa tinha quebrado” e não seria mais possível ressarcir o valor.
O MP afirma que o pastor e o filho pesquisaram sobre uma forma de obter lucro fácil e descobriram o negócio. O órgão afirma ainda que os dois, “por serem conhecidos na cidade”, eles conseguiam atrais as pessoas com mais facilidade para que fizessem os investimentos.
Fábio teria ainda, conforme o MP, procurado Adolfo e Patrícia para também participarem da situação. A eles, caberia o papel de encontrar e convencer novas pessoas a investirem no negócio. A investigação apontou que atrair mais pessoas, as reuniões sobre o assunto seriam realizadas nas instalações da igreja. Quando as pessoas aceitavam a proposta, iam até a casa de Fábio para se cadastrarem e fazer os pagamentos a ele. Eram feitos cerca de 35 atendimentos diários.