Aline Bouhid

O presidente Jair Bolsonaro indicou ontem (17) que o governo pretende autorizar o saque de recursos depositados nas contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A expectativa é que cerca de R$ 30 bilhões sejam injetados para estimular o consumo. Presidente deve bater o martelo sobre as regras para o Fundo de Garantia hoje (18). 

Estão sendo discutidas duas possibilidades: uma que permitira a retirada apenas das contas inativas, como já ocorreu no governo Michel Temer; e outra, que seria liberar saques também de contas ativas. Neste caso, os trabalhadores poderiam sacar anualmente os recursos, na data do aniversário. O dinheiro do FGTS se somaria a uma liberação que o governo também quer fazer nas contas do PIS/Pasep, de cerca de R$ 20 bilhões, chegando a uma injeção total de R$ 50 bilhões para turbinar a economia. 

Preocupação 

A maior preocupação dos técnicos é evitar que os saques prejudiquem a sustentabilidade do FGTS, hoje a principal fonte de financiamento da habitação para a baixa renda. Em maio, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu, pela primeira vez, a intenção de liberar saques do FGTS, o setor da construção civil reagiu.

* Com informações do Estadão