Consumo abusivo de álcool aumenta 42,9% entre as mulheres
A ingestão de bebidas alcoólicas representa 1,4% do total de óbitos ocorridos em 2017. Foto: Pixabay
Aline Bouhid
Dados inéditos do Ministério da Saúde apontam que o consumo abusivo de álcool entre as mulheres aumentou 42,9%. Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, divulgados na última quinta-feira (25). Atualmente, 17,9% da população adulta no Brasil fazem uso abusivo de bebida alcoólica.
O uso abusivo entre os homens é mais frequente na faixa etária de 25 a 34 anos, 34,2% e entre as mulheres nas idades de 18 a 24 anos (18%). O menor percentual entre os homens e mulheres, foram observados em pessoas com 65 anos e mais, sendo, 7,2% entre homens e 2% em mulheres. O percentual de consumo abusivo entre os brasileiros tende a diminuir com o avanço da idade, em ambos os sexos.
É considerado ‘uso abusivo de álcool’, a ingestão de quatro ou mais doses entre as mulheres e cinco ou mais doses de bebidas alcoólicas entre os homens, em uma mesma ocasião, nos últimos 30 dias. O Ministério da Saúde alerta que o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica pode trazer danos imediatos à saúde ou a médio e longo prazo. O uso abusivo de álcool é uma pauta intersetorial e também um fator de risco que influencia negativamente dois aspectos: aumento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs); e o aumento de agravos, como acidentes e violência.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe volume seguro de álcool a ser consumido, porque ele é tóxico para o organismo humano e pode provocar doenças mentais, diversos cânceres, problemas hepático, como a cirrose, alterações cardiovasculares, com riso de infarto e acidente vascular cerebral e a diminuição de imunidade. Além de ser responsável por episódios de violência física contra si ou contra outras pessoas.
MORTALIDADE
Dados inéditos de mortalidade do Ministério da Saúde apontam que 1,45% do total de óbitos ocorridos entre os anos de 2000 a 2017 estão totalmente atribuídos à ingestão abusiva de bebidas, como doença hepática alcóolica.
* Com informações do Ministério da Saúde