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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
UFG

Pesquisador estuda produção de biocombustíveis com resíduos de frutos do Cerrado

Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Goiás (UFG) avalia o aproveitamento de frutas como fontes alternativas e não convencionais de origem natural para a produção de etanol. Foto: Pixabay

Postado em 2 de agosto de 2019 por Aline Carleto
Pesquisador estuda produção de biocombustíveis com resíduos de frutos do Cerrado
Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Goiás (UFG) avalia o aproveitamento de frutas como fontes alternativas e não convencionais de origem natural para a produção de etanol. Foto: Pixabay

Aline Bouhid

Pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG) avalia o aproveitamento de frutas como fontes alternativas e não convencionais de origem natural para a produção de etanol. Os testes são feitos com jamelão, mangaba, a cagaita, o jatobá e até o pequi. O coordenador da pesquisa, professor Armando García Rodríguez, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, explica que as principais matérias-primas para produção de etanol são a cana-de-açúcar, o milho e a beterraba (principal fonte para biocombustíveis em países da Europa).   

“Estamos queimando comida”, afirmou Armando García ao apresentar a pesquisa na última sexta-feira (26), durante o NÚCLEO19 – 5º Encontro Nacional de Estudantes de Biotecnologia, no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG (IPTSP). A ideia do professor Armando García é aproveitar os resíduos dessas indústrias para produzir etanol. “É um volume de resíduos muito grande que não é aproveitado. Algumas empresas queimam os resíduos ou adicionam à ração para animais”, afirma García. Para o pesquisador da UFG, no entanto, é possível usar esse material como fonte alternativa e renovável de energia, tendo em vista que diversos estudos apontam que o uso de combustíveis fósseis tende a se tornar inviável nos próximos anos. Apesar de promissora, a pesquisa ainda não saiu do laboratório. 

De acordo com o pesquisador, é difícil fazer com que essas pesquisas sejam aplicadas pelas empresas, pois os resíduos frequentemente precisam passar por tratamentos prévios que podem encarecer o processo produtivo. Até o momento, Armando García já orientou sete trabalhos de conclusão de curso e quatro estágios relacionados ao estudo. 

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