Goiano viraliza ao mostrar avanço que o pai apresentou através do óleo da maconha
Apesar do benefício contra doenças, a planta ainda é ilegal para uso medicinal no Brasil
Da redação
Um vídeo mostrando a evolução do aposentado portador de Alzheimer Ivo Suzin, de 58 anos, através do tratamento com o óleo extraído da maconha que foi gravado pelo filho, o goiano Filipe Barzan Suzin, viralizou na última semana em todo o Brasil.
Em apenas seis meses de uso do óleo de Cannabis a família percebeu melhorias significativas, o progresso do Ivo retratado no vídeo emocionou muita gente. O vídeo publicado em abril pela página criada por Filipe “CurandoIvo” chegou a mais de nove milhões de visualização e cerca de 170 mil compartilhamentos.
“Logo nas primeiras semanas recebi várias mensagens de outros países como a Rússia, Canadá, Portugual, India, Uruguai. As pessoas falando sobre a emoção da nossa conquista e outros me procurando pedindo ajuda com o tratamento’, contou Filipe.
Em um momento do vídeo mostra a esposa, Solange Barzan e o filho tentando dar banho no aposentado, mas ele fica agressivo e chega a agredir dos dois. A companheira do Ivo conta no vídeo que ele era uma pessoa doce e que a doença destruiu toda sua identidade.
“Temos que fazer ele tomar banho aí ele não aceita e fica agressivo. Ele perdeu a identidade, o corpo está, mas a mente foi embora. Mas o Ágape e o CBD (óleo da maconha) tem trazido esperança que a gente possa reverter esse quadro”, conta Solange.
Emoção
Nos minutos finais do vídeo, Filipe chora depois do pai reconhecê-lo e dizer que o ama. “Nem lembro qual foi a última vez que meu pai me chamou de filho, falou que me ama e me deu um abraço. Hoje foi esse dia, gratidão”, e completa dizendo que o humor dele melhorou muito nos últimos seis meses de tratamento.
A família do Ivo conseguiu ter acesso ao óleo de Cannabis por meio da Organização Não Governamental (ONG) Ágape Medicinal, Filipe disse que muita gente importa o medicamento que é o extrato completo da planta, o valor gira em torno de cinco mil reais. Apesar do benefício contra essa e outras doenças, o medicamento é de difícil acesso no Brasil , por causa da ilegalidade da planta no país.