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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Asfalto

Pavimentação ficará 60% mais barata

Administração municipal adquire nova usina que deve tornar a Capital autosuficiênte na produção de massa asfáltica

Postado em 6 de setembro de 2019 por Igor Caldas
Pavimentação ficará 60% mais barata
Administração municipal adquire nova usina que deve tornar a Capital autosuficiênte na produção de massa asfáltica

Igor Caldas

Depois da compra de uma nova usina de asfalto, Goiânia deve ter uma redução em até 60% de custos em pavimentação das vias da cidade. Com a nova aquisição, a Capital vai ser autosuficiente na demanda de produção da massa asfáltica para atender as novas frentes de serviço da prefeitura. A administração recebeu nesta semana uma nova usina de asfalto. Com o novo equipamento, Goiânia possui duas usinas de produção de asfalto.

O Secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Dolzonan Mattos afirma que além de economia, a autosuficiência da administração em matéria prima para pavimentação asfaltica deve ser fundamental para o grande número de frentes de trabalho que estão sendo abertas na Capital, que nomeou como período nobre da construção civil em Goiânia.

“Sem dúvida vai trazer economia, além de ter essa economia, trouxe também autosuficiência. Não vamos mais depender de fornecedores para executar as melhorias que necessitamos. A antiga usina, que estava desafinada, passamos a reformar também. Teremos dois equipamentos que vão atender perfeitamente nossas demandas. É uma garantia de não sofrer se alguma máquina der um pane. Vai ser fundamental, principalmente nesse período nobre da construção civil em Goiânia”, afirmou

O trabalho conjunto dos dois equipamentos vai possibilitar a produção de até 120 toneladas de massa asfáltica por hora. A usina antiga está sendo totalmente restaurada e tem capacidade de produzir 60 toneladas por hora. Após a restauração, elas vão acelerar a pavimentação dos bairros porque a administração não vai depender mais de fornecedores externos desse produto para suprir as frentes de serviços da Capital.

O prefeito de Goiânia, Íris Rezende, assumiu o compromisso de pavimentar todas as ruas populosas da Capital e garante que o trabalho vai ganhar celeridade com a nova aquisição. “Essa é uma importante conquista para a Prefeitura e para os goianienses. A usina própria veio para garantir que o nosso compromisso seja cumprido, dando dignidade às famílias de Goiânia que tanto esperam por esse benefício”, destacou.

Os equipamentos que compõem a nova usina viajaram em três carretas por mais de dois mil quilômetros. O maquinário completo viajou do Rio Grande do Sul até Goiânia. A usina, o tanque, duas esteiras e o silo foram instalados no Complexo Industrial Pedreira, localizado no Parque Atheneu, região Sul de Goiânia.

Pavimentação

Segundo o Secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos,
Dolzonan Mattos, falta infraestrutura de
asfalto em 34 bairros da Capital
. Ele esteve na manhã desta quinta-feira
(5) na assinatura de ordem de serviço para pavimentação de três deles, os
setores Paulo Pacheco I, Paulo Pacheco II e setor Shangri-Lá.  No entanto, Dolzonan explica que o material
para pavimentação desses bairros não será oriundo da produção das usinas no
Complexo da Pedreira. As ordens de serviço desses bairros estão sendo feitas
por licitação.

Ele afirma que a nova usina vai começar a funcionar assim que
seja finalizado o processo licitatório para a aquisição de CM-30, um derivado
de petróleo usado na produção de CBUQ. “Estamos finalizando a licitação e logo
vamos ativar os motores da nova usina e começar a produzir para cumprir nosso
compromisso de deixar nossa cidade 100% asfaltada”, afirma.

Já as novas frentes de serviço do setor Parque Oeste Industrial,
Jardim Itaipú e Goiânia Viva estão sendo feitos pela execução administrativa e
vão receber o pavimento produzido pelo Complexo Industrial Pedreira. O
secretário garante que as obras destes bairros serão concluídas até dezembro
deste ano. 

Novo aparato traz modernidade e segurança

A estrutura do
equipamento é feita de aço e revestida de ferro fundido. O peso total do
aparato é de 43 toneladas e as dimensões de 22,25 m de comprimento, 3,20 m de
largura e 4,30 m de altura
. Ela é composta por um tanque bipartido, com capacidade para 40 mil
litros de cimento asfáltico de petróleo (CAP) de um lado e combustível no
outro.

O combustível é usado para aquecer os agregados pó de brita,
brita 1 e brita 0 que compõem o concreto betuminoso usinado a quente, conhecido
como CBUQ, um dos revestimentos asfálticos mais utilizados nas vias urbanas em
todo mundo. A nova usina permite reciclar material fresado para usá-lo para
asfaltar as ruas da cidade, sem nenhuma perda na qualidade da massa e da
pavimentação. Esse aspecto promete gerar economia aos cofres da administração
da Capital.


O sistema de operação duplo da nova usina consiste em
operação automática, com monitor colorido de 15 polegadas de cristal líquido
com matriz ativa e sistema touch-screen incorporado ao painel. A tecnologia
digital moderna possui indicações gráficas em todas as etapas do processo. Em
operação manual, o sistema é independente dos componentes eletrônicos e permite
produção sem o uso do monitor e do Controlador Lógico Programado, trazendo
maior segurança e confiabilidade do sistema. 

 Complexo Industrial Pedreira garante matéria prima

A história do Complexo Industrial Pedreira tem 45 anos. Sua
inauguração aconteceu em maio de 1974, na época da Ditadura Militar. Em 1980,
foi instalada a primeira usina de asfalto, que funcionou até janeiro de 2017,
quando foi desativada.

Após o processo para reaver a licença de funcionamento, o
complexo foi reativado, em 25 de julho de 2018. Com a medida, a gestão recebeu
reforço para produzir insumos que são utilizados em obras e serviços de
infraestrutura da Capital, entre eles de pavimentação asfáltica.

Com a autorização do Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM) e do Exército Brasileiro, a Pedreira passou a transformar rochas
micaxisto em pedras marroadas, macadames, matacos, além de britas em diversos
tamanhos e pó de pedras. Dolzonan Mattos afirma que sem a reativação da
Pedreira, a instalação da nova usina seria impossível.

“A primeira providência que tivemos foi a retomada da Pedreira
no ano passado. Voltamos a fazer as explosões para produzir a matéria prima
para construção civil. Se nós não tivéssemos feito essa retomada, não teríamos
nem como instalar a usina. Portanto estamos fazendo a reforma da antiga e vamos
arcar com os custos de instalação dessa nova”, destacou.

Somente no primeiro dia
de funcionamento, o Comlexo Industrial Pedreira detonou 8.924 metros cúbicos de
rocha, gerando 24 mil toneladas de insumos e a produção diária do local foi de
200 metros cúbicos, incluindo a produção de pedras diversas e o fornecimento
para obras externas. 

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