Cerca de 400 famílias vivem em área de alto risco em Goiânia
Órgãos do município estão se mobilizando para realizar os reparos necessários nas vias públicas de Goiânia e evitar possíveis alagamentos (Foto: Divulgação)
Daniell Alves
Com previsão de chuva para os próximos dias, Goiânia está em alerta devido às possíveis enchentes nas ruas e alagamentos das moradias. Cerca de 400 famílias vivem em áreas de alto risco na Capital, podendo ser vítimas de enxurradas e acidentes fatais. A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC) fez um relatório com os pontos mais críticos de Goiânia para que sejam tomadas as medidas necessárias antes do início das chuvas.
O levantamento apontou 55 áreas de alto risco, 475 lugares de médio risco e 256 fazem parte do baixo risco. Segundo o coordenador Francisco do Carmo Vieira, os bairros mais vulneráveis neste momento são: Setor São José, Jardim Novo Mundo II, Vila Roriz, Vila Romana e Setor Bandeirantes.
Equipes da Defesa Civil estão monitorando preventivamente nestas áreas em um sistema de plantão 24 horas. O serviço é de forma preventiva ao período chuvoso e tem a finalidade de minimizar o impacto das enxurradas nestes locais.
“Dentre os locais, consta a integralidade da Vila Roriz, qd. N e qd. 01 da Av. Goiás, no Setor Norte Ferroviário e Setor Grande Retiro. Foi incluído nesta relação a ocupação no Setor Jardim Novo Mundo 2, com aproximadamente 450 pessoas em situação de risco. A Vila Megale voltou novamente como área de risco, falta levantamento de quantitativo de moradores, e na avenida C-107 entre a Avenida C-12 rua C-190, no Setor Jardim América”, detalha Francisco.
Os fatores de risco que podem afetar os moradores dessas regiões são: possibilidade de enchentes com alagamentos de residências; águas invadindo residências, com risco de desabamento; casas construídas em margens lindeiras de BRs; casas construídas em áreas de risco de deslizamento; casas construídas em áreas de risco de alagamento e inundações; casas construídas em área de preservação ambiental; e terreno acidentado com grande declive, ou residências construídas sem devidas orientações de engenheira.
Comurg e Seinfra
A Defesa Civil enviou o relatório dos estudos à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos de Goiânia (Seinfra) e à Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Agora, os órgãos estão se mobilizando para realização dos reparos necessários, evitando transtornos aos moradores dessas regiões consideradas críticas.
O coordenador explica que o papel da Comurg é fazer “a limpeza nos córregos que passam nas áreas de risco, além da coleta de lixos regularmente nesses locais”. Ações como estas evitam que determinados resíduos cheguem aos bueiros, bocas de lobo ou córregos. Já a Seinfra, deve atuar realizando as limpezas da boca de lobo e bueiros, conforme informa Francisco. “Também devem fazer a manutenção das redes coletoras de águas pluviais e das bocas de lobo”, diz.
Para elaboração final do relatório, também foram analisados pontos que tiveram casos de grandes enxurradas, alagamento e inundações graduais, além de pontes ou bueiros, com guardas corpos inadequados ou com as aberturas sem proteção.
Os moradores também têm papel fundamental para prevenir alagamentos, alerta Francisco. A orientação é para que não joguem lixo nas ruas, não descartem nenhum tipo de material sem serventia dentro dos córregos. “Estas práticas provocam alagamentos e inundações nas residências e nas vias públicas”, frisa o coordenador.
Orientações à população
Diante das previsões de chuvas e ventos fortes, a Defesa Civil reforça as orientações para a população, em caso de alagamento: se estiver de carro, a recomendação é que opte por rotas alternativas que evitem pontos de alagamentos. Se estiver parado e o local começar a encher, o motorista e os passageiros devem deixar o veículo e seguir para local seguro.
No caso dos motociclistas, a recomendação é não tentar atravessar vias alagadas, pois as mesmas podem esconder buracos que podem ocasionar a quedas e outros acidentes. O cidadão pode acionar os serviços da Defesa Civil pelos telefones: (62) 3524-4080, 153 ou pelo 193 do Corpo de Bombeiros, caso a ocorrência seja em Goiânia. (Daniell Alves é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)