Imunização contra o sarampo ainda é baixa no Estado de Goiás
Em 24 municípios do Estado, a cobertura de vacinas é menor que 50% (Foto: Divulgação)
Daniell Alves
Com quatro casos de sarampo confirmados no Estado, o número de vacinas contra a doença em Goiás cobriu 84,25% da população, uma quantidade que ainda precisa aumentar. Em 24 municípios do Estado, a cobertura de vacinas é menor que 50%. O secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, frisa que a imunização é considerada baixa em todo o Estado. A partir de segunda-feira (7) começa nova campanha sobre a vacinação para elevar os percentuais.
De acordo com os últimos dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), ao todo já foram notificados 127 casos suspeitos da doença. Destes, 70 foram descartados e 53 seguem em investigação. Quatro casos foram confirmados, sendo um em Alto Paraíso, um em Posse e dois em Goiânia.
Com a volta da circulação do vírus do sarampo no país, a Secretaria executa um plano de contingência da doença no território goiano. “A cobertura ainda é baixa no Estado todo. Nosso desafio, agora, é atingir a meta de vacinar os 95% da população no grupo de risco. Não podemos subestimar o vírus, pois ele está circulando”, afirma Isamel.
Campanha começa segunda
Em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, a SES-GO realiza a partir do dia 7 de outubro a Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo, de forma seletiva. A estratégia, definida pelo Ministério da Saúde (MS), será realizada em duas etapas, considerando períodos específicos para a mobilização da população.
A primeira etapa, que segue até o dia 25, se destina à vacinação das crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias) não vacinadas ou com a caderneta de vacinação incompleta. O dia “D” de mobilização nacional será realizado em 19 de outubro.
Para a gerente de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, Clarice Carvalho dos Santos, a prioridade do grupo de crianças estar na primeira etapa deve-se à elevada incidência da doença nesta faixa etária nos surtos registrados em 2019 em outros Estados.
Segundo ela, as crianças menores de 5 anos de idade apresentam maior risco de desenvolver complicações, tais como cegueira, encefalite, diarreia grave, infecções no ouvido, pneumonias e óbitos pelo sarampo. (Daniell Alves é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)