Goiânia se prepara para os temporais
Com construção de obras de infraestrutura, a intenção da prefeitura é eliminar os pontos de alagamentos espalhados pela Capital – Foto: Divulgação
Daniell Alves
Com constantes alertas de riscos de temporal, a Capital tem recebido diversos investimentos em obras de infraestrutura para melhorar o solo e evitar alagamentos. A Prefeitura de Goiânia liberou mais de R$ 20 milhões, desde o início da gestão, com objetivo de construir galerias, bueiros, jardins de chuva e bacias de contenção. As obras estão sendo construídas em diversas regiões da Capital e prometem solucionar os problemas vivenciados pela população.
Para o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Dolzonan Mattos, o investimento da prefeitura em obras de infraestrutura irá eliminar os pontos de alagamento espalhados pela cidade. “No último ano, investimos alto na construção e ampliação de galerias pluviais e bueiros celulares, em diversos bairros de Goiânia, onde existiam pontos críticos de alagamento e às vezes até de enchentes”, afirma.
Uma das ações realizadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) foi a intervenção na Marginal Botafogo. A medida foi necessária após uma tempestade danificar parte das pistas e abrir vários buracos no interior do canal. Segundo a Secretaria, foram restaurados 1.631 m de fundo do canal, em concreto e em gabião, e construídos 173 m de muro de arrimo em gabião. Com isso, os 17 pontos críticos detectados nos 14 km de extensão foram recuperados e nas últimas chuvas já não houve incidência de alagamentos na via.
Iniciadas em março deste ano, as obras da rede de drenagem já foram concluídas na Rua 4, no Setor Norte Ferroviário e na Avenida Oeste, no Setor Central, e estão avançando na Avenida Goiás, no sentido Sul-Norte. “A construção visa solucionar os problemas com alagamentos e enchentes num dos pontos mais sensíveis da região Central de Goiânia, que abrange a Avenida Goiás e seu entorno, a região da Rua 44, Avenida Independência, Praça do Trabalhador, Praça do Bandeirante e Praça Cívica”, explica a Seinfra.
As atividades para extensão da Avenida Leste-Oeste também são uma aposta para solucionar os problemas de alagamentos na Região Central. A Seinfra destaca que duas outras obras de drenagem também estão em construção no Parque Oeste Industrial e no Jardim Nova Esperança.
Galerias de águas pluviais
Na região Norte, uma rede dupla de galerias de águas pluviais de 1,7 km foi construída entre o Jardim Pompéia e o Conjunto Itatiaia. A iniciativa contou com uma parceria entre a prefeitura e o Condomínio Villagio Toscano, que doou cerca de R$ 700 mil em materiais. Foram utilizados tubos de concreto de 1,5 m de diâmetros e construídos 23 poços de visitas na rede, ligando os dois bairros, atravessa a GO-080 e passa dentro do condomínio.
Conforme explica a prefeitura, vários bairros também foram beneficiados com a construção ou melhoria na rede de drenagem, como o Residencial Vale dos Sonhos, Jardim Atlântico, Setor Aeroporto, Residencial Parque Balneário, Campinas e Setor Marista, entre outros.
Pontos considerados críticos
Um dos pontos considerados mais críticos está no Córrego Vaca Brava, onde as paredes chegam a 9m de altura ao longo do seu curso e vêm passando por um processo avançado de assoreamento e erosão das suas margens. “Com a urgência para conter os taludes, e até em função do Corredor T-7, foi construída, na altura da Rua C-12, no Jardim América, uma grande obra de drenagem, com galerias de águas pluviais e sistema de dissipação para diminuir a velocidade do escoamento das águas nas saídas da galeria, em situações de chuvas intensas”, explica Dolzonan.
Já foram construídos 16 jardins de chuva em várias regiões de Goiânia, sendo que nove deles no Setor Universitário, nas proximidades do Córrego Botafogo, e a intenção, segundo o secretário, é chegar a 350. “Nosso propósito é construir cerca de 350 jardins de chuva em toda a cidade, melhorando a permeabilidade do solo e ajudando no combate a alagamentos”, afirma.
(Daniell Alves é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)