PF aponta petroleiro grego como culpado por óleo em praias do Nordeste
Investigação da Polícia Federal, deflagrada nesta sexta (1°), concluiu que o óleo presente no litoral nordestino foi fruto de um vazamento que ocorreu a partir de um navio de bandeira grega ainda no final de julho.
Aline Bouhid
Investigação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta sexta (1°) concluiu que o óleo presente no litoral nordestino foi fruto de um vazamento que ocorreu a partir de um navio de bandeira grega ainda no final de julho. Usando imagens via satélite, os investigadores descobriram uma mancha inicial de petróleo localizada cerca de 700 metros do litoral brasileiro. As imagens tinham sido feitas ainda em 29 de julho.
Na data, como publicou a revista Veja, o único petroleiro que transitava pelo local era o de bandeira grega. Conforme informou a Marinha do Brasil, a embarcação já foi submetida a inspeções nos EUA que comprovaram “incorreções de procedimentos operacionais no sistema de separação de água e óleo para descarga no mar”.
De acordo com a PF, as investigações tiveram início em setembro deste ano e contam com a participação da Marinha do Brasil, Ministério Público Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Agência Nacional do Petróleo, Universidade Federal da Bahia, Universidade de Brasília e a Universidade Estadual do Ceará. Uma empresa privada do ramo de geointeligência também participa das diligências.
A PF suspeita que o derramamento ocorreu entre os dias 28 e 29 de julho, e de acordo com a corporação “foi possível identificar o único navio petroleiro que navegou pela área suspeita, por meio do uso de técnicas de geointeligência e cálculos oceanográficos regressivos”.
“A embarcação, de bandeira grega, atracou na Venezuela em 15 de julho, permaneceu por três dias, e seguiu rumo a Singapura, pelo oceano Atlântico, vindo a aportar apenas na África do Sul. O derramamento investigado teria ocorrido nesse deslocamento”, informa a PF.
São cumpridos dois mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, expedidos pela 14ª Vara Federal Criminal de Natal/RN, em sedes de representantes e contatos da empresa grega no Brasil. As diligências continuam para saber de quem era o petróleo que vazou. A empresa dona do navio não avisou as autoridades.
* Com informações do Correio Brasiliense